segunda-feira, 28 de março de 2011

Atividades com Gramática reflexiva (Sujeito e Predicado)

2ª Lição de Casa baseada na proposta do Avançando na Prática do TP2 (p.30,31)

QUEM MATOU O MILIONÁRIO?
(Leon Eliachar)

Quando o detetive John High chegou ao local do crime, olhou rapidamente o quarto desarrumado e chegou a uma conclusão. No centro do quarto, sobre um tapete verde, o corpo do milionário Shmiler estava estendido, com um punhal cravado nas costas. Não havia o menor indício de luta. Apenas o pickup continuava em movimento no fim de um disco que continuava girando. Ao lado da vitrola, sobre o aparelho de televisão, havia um retrato com uma dedicatória: "Para o meu único amor, Wilma". Não tinha data. Sobre uma cadeira, havia um pedaço de papel e uma caderneta de telefones aberta na letra "L": Lionel, Lipton, Lamberg, Livingston, Lerner, Lindade, Lawerson, Lawrence. O detetive segurou o caderno com um lenço. Examinou os nomes e exclamou: "Quem matou o milionário foi Lawrence".E realmente, dias depois, a polícia prendia Lawrence. Pergunta-se: você sabe por que o detetive John High chegou a esta conclusão tão rápida?


VIVENCIANDO O TEXTO:
(GRAMÁTICA INTERNALIZADA) Conhecimentos implícitos
1-O texto disse que não houve indício de luta. O que é um indício de luta?
2-Em que tempo ocorreu a morte do milionário? Passado ou Presente?Comprove.
3-O que poderia significar o papel que estava sobre a cadeira?
4-Você percebeu quantos estrangeirismos há neste texto? O que você entende por isso? Por que isso está acontecendo?
5-Se o milionário tinha um punhal cravado nas costas , que conclusões podem ser tiradas?
6-O que significava pickup no contexto? Por que ele continuava em movimento? O que estaria havendo por ali?
7-Explique a dedicatória.O que poderia significar?
8-Por que a caderneta de telefones estava aberta na letra L?
9-Quem era Lawrence? Homem ou mulher?
10-Escreva um texto, desvendando esse crime, utilizando os mínimos detalhes.
11-Vamos promover um júri-simulado. Um grupo irá defender Lawrence e buscar absolvê-lo(a) desse crime. O outro fará o serviço da promotoria e tentará provar que Lawrence é perigoso(a).

Esta atividade foi excelente para meus alunos. Ajudou a incentivá-los, provocando uma elevação na autoestima, sem contar que tiveram de utilizar o poder de convencimento e da improvisação para que a assunto fosse resolvido de forma coerente. Obtive ajuda de minha supervisora Elizete(participação especial como a juíza). Eis algumas passagens...






A turma do 8º A,pelo poder de convencimento a partir da oralidade, acabou apresentando fatos que absolveram Lawrence.

A turma do 8º C, ao contrário, produziram testemunhas e provas que condenaram a ré. Veja:








(GRAMÁTICA DESCRITIVA) Estudo gramatical reflexivo:
1-Quem é o sujeito do crime?
2-Quem é o sujeito vítima do assassinato?
3-Quem é o sujeito responsável(talvez) por ter havido um crime?
4-O que seria, então, um sujeito?
5-O que foi feito por parte de cada sujeito acima mencionado?
6-Você sabe como pode ser chamado o termo que fala da ação praticada pelo sujeito?
7-O que se entende como o melhor conceito para esse termo?
8-Que tipos de sujeito e predicado você conhece?

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O milionário e o advogado
José Reinaldo



Um homem cheio de dinheiro, foi até o escritório de um advogado a fim de contratá-lo.... Ao chegar lá, ele o mandou sentar e foi logo perguntando:
-Pois não, amigo. Qual o seu problema ?
O homem então começou a falar:
-Pois é doutor...Eu sou um homem riquíssimo, multimilionário, mas tive um ataque de fúria e matei a minha mulher e...
O advogado o interrompeu no meio da declaração e falou-lhe:
-Calma, aí... O senhor é milionário? Então o senhor não matou a sua mulher: andam espalhando por aí um boato de que o senhor matou a sua mulher!

Reflexão:
1-Que mensagem fica subentendida a partir dessa leitura?
2-Você concorda com essa visão de mundo do advogado?Justifique.
3-Encontre todos os praticantes de ação do texto?
4-Que ações todos eles praticaram?
5-Que conclusões, a partir da gramática, você pode tirar?
6-Vamos fazer um jogo que define bem essa identificação e sua classificação?!!!
(Atividade dinâmica e lúdica-Recorte, colagem e classificações)

quinta-feira, 24 de março de 2011

OBA.... INÍCIO DO TP2- RELATÓRIO DO SEXTO ENCONTRO

6º encontro com as cursistas

Olá, galerinha...
Nosso trabalho começou com uma diferenciação importante que ficou a dever no último encontro: uma diferenciação entre cartum e charge. Uma pequena explanação sobre o assunto fez-se em um slide , seguido de exempificações muito interessantes.
Aqui vai um resuminho:
Diferença entre cartum e charge
*Exemplo de cartum :Vida de passarinho(Caulos)- remete a Gonçalves Dias.O cartum tem uma característica muito positiva : é atemporal, pode ser trabalhado em qualquer situação.
( O CONSUMISMO,O CAPITALISMO QUE MASSACRA TODAS AS CONVIVÇÕES)

(A POLUIÇÃO DESORDENADA,A QUESTÃO AMBIENTAL COMO FONTE DE PREOCUPAÇÃO A TODA A POPULAÇÃO)


(O TABAGISMO)


*Característica da charge: Temporal(sobre política , por exemplo).

(SOBRE O APAGÃO)



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Iniciamos o TP2 com reflexões sobre os diversos tipos de gramática e as vantagens e desvantagens de se trabalhar gramática.
Questões discutidas:
*Unidade 5.Gramática: seus vários sentidos
*O que é gramática para você?
Você trabalha com gramática?
Como desenvolver o trabalho com a Gramática?
Por onde começar?
Aonde chegar?
Por onde caminhar?
*Afinal, o que é Gramática?


Gramática como um conjunto de normas de bom uso:
Faz um levantamento dos usos da língua feitos pelos grandes escritores;
Prescreve tais usos para os falantes.
Gramática descritiva:
Descreve um ou vários usos da língua com base em análises de diversos tipos de textos;
Caracteriza-se por ser uma visão (ou análise) feita por um lingüista sobre um determinado idioma.
Gramática como um conjunto de generalizações internalizadas e utilizadas pelo falante:
É tudo aquilo que um determinado sujeito sabe sobre a sua própria língua;
É o conjunto de regras que cada indivíduo formula a partir do seu contato com a língua.


Fizemos as atividades referentes à Gramática internalizada (ensino produtivo) das pág. 14 a 18 e chegamos a algumas conclusões:




Nas páginas 19,20 e 21 vimos sobre o ensino da Gramática Descritiva (com base no ensino reflexivo) e fizemos o estudo da publicidade proposta na atividade 4(Seção 2).Esse trabalho envolveu o estudo de variados termos como: LETRAMENTO, ALFABETIZAÇÃO, ANALFABETO FUNCIONAL...
DE NADA ADIANTA O ESTUDO BASEADO NA GRAMÁTICA SEM QUE HAJA UMA REFLEXÃO SOBRE A VERDADEIRA FUNÇÃO DAQUELE TERMO NUM CONTEXTO DETERMINADO.O aluno tem de perceber que aquele termo gramatical terá função em algum momento, em determinado gênero com função social ativa.




***Para que o uso fosse realmente efetivo, variados exemplos foram passados como um slide com a música Fantasia de Chico Buarque para efetivar o estudo de verbos, um pps da música Epitáfio dos Titãs, demonstrando que a todo momento,com o excesso de ATIVIDADES a que nos propomos,deixamos de ser sujeitos passivos de receber as belezas naturais e aproveitar melhor os momentos que nos são oferecidos: "carpe diem"(Estudo de voz passiva).E assim, variados exemplos foram muito bem colocados pelos cursistas.Também foi feito o estudo do diálogo entre Maribel e o menino-fantasma Pluft de Maria Clara Machado das págins 22 e 23.

***A base do ensino da gramática é o gênero.
O texto como um pretexto não pode tornar-se um hábito.
O ideal é casar:
TEMPO DE PREPARO DE AULA COM GÊNERO +
OBJETIVO +
CONHECIMENTO LINGUÍSTICO (GRAMÁTICA) +
EFEITO DE SENTIDO +
RETORNO À RECONSTRUÇÃO TEXTUAL.


Já o trabalho com a Gramática Normativa(ensino prescritivo) baseou-se no texto Osarta de de Lygia Bojunga Nunes, a fim de promover a ideia de que o ensino que prescreve somente sem ter a reflexão como pressuposto pode simplesmete levar o aluno ao ATRASO (Osarta de trás para frente) ou à estagnação.

Concluímos o encontro da semana com a proposta do Avançando na prática das págs. 30 e 31, como uma das Lições de Casa que farão parte do 2º relatório dos cursistas.




Grande abraço!!! Até a semana que vem...

terça-feira, 22 de março de 2011

Atividades Desenvolvidas 2-Frase, Oração e Período

Frase,oração e período

Detonador: Aula visual
Uma história em quadrinhos, montada no quadro...



A explanação foi facilmente entendida e a participação dos alunos muito efetiva. Em seguida, os textos referentes à seção 2 do TP2(Unidade 6),relacionados ao mesmo assunto foram trabalhados.

O que é frase?
Conceituar e identificar a frase.(Objetivo da seção).Estudo do texto "Parceria" que fala do desejo de ser escritora expresso em pequenos bilhetes que duas colegas de classe trocam com frequênciada autora Stela Maris Rezende.

Atividade 1
A – Com relação à troca de bilhetes, em sala de aula, responda:
a) Você acha verossímil a situação apresentada? (Verossimilhança é a característica que tem a narrativa ou o relato de, mesmo sendo ficção, parecer possível na realidade, ou apresentar uma tal lógica que todos os dados parecem coerentes.)
b) Os bilhetes tratam de vários assuntos. Quais são eles?
c) Os assuntos dos bilhetes vão e voltam, ou mudam de rumo com freqüência. Parecem
desalinhavados. Você vê algum motivo para que eles se apresentem dessa maneira?
d) Os sentimentos e comentários das alunas sobre os professores são verossímeis?
B – Indique abaixo traços regionais da linguagem das adolescentes.
C – Indique, agora, traços do registro informal dos bilhetes.
D – Se você pegasse os bilhetes das duas alunas, você corrigiria a linguagem deles?
E – As adolescentes apresentam duas paixões literárias.
a) Qual o resultado dessa paixão, na vida das duas?
b) Que relação há entre essa paixão e o nome delas?
c) Como você justificaria o título do conto?
Você viu que o texto de Stela Maris faz parte de um texto maior, o conto Parceria.
Viu também que o trecho lido é composto de vários textos menores, isto é, cada
um dos bilhetes pode perfeitamente ser considerado um texto: para cada destinatária, o texto escrito pela outra tem uma unidade de significação, o que lhe permite dar prosseguimento à “conversa”.
Para nós, leitores, que não conhecemos a vida dessas personagens, alguma coisa
pode ficar obscura.
Por enquanto, só com o trecho lido, vamos fazer algumas suposições e inferências,
e essas dúvidas são parte da nossa motivação para procurar ler o conto todo. O texto
literário, mais que qualquer outro, lança iscas para atrair e capturar o leitor, e este não é diferente.



Seção 2 (Oração e período),Páginas 52 a 56 do TP2.

Vejamos agora um segundo conjunto de bilhetes de Clara e Célia.
Grupo B:
O professor de matemática é um formigão elétrico.
Dessa vez piorou.
Ele foi embora de vez.


Pela conceituação feita de frase, vemos que, como nos casos do Grupo A, os bilhetes de B também são formados por uma frase: todos têm uma unidade de sentido, começam com maiúscula e acabam com ponto. Mas há uma grande diferença entre as frases desses dois grupos, uma diferença de estrutura.
Atividade 2
Que elemento(s) aparece(m) nas frases do Grupo B e não existe(m) nas do A? Marque
esse elemento em cada frase do Grupo B.
A frase que, como as do Grupo A, não se organiza em torno de verbo chama-se
NOMINAL.
Por lhe faltar o verbo, a frase nominal é especialmente adequada para a descrição,
quando os elementos observados se apresentam como num instantâneo da fotografia. É
muito adequada, também, no extravazamento de emoções, como no caso dos bilhetes
das duas amigas.
Em textos que pretendem captar momentos, lembranças, emoções, é comum que a
frase nominal seja dominante e até exclusiva.
Veja dois exemplos disso, um bem antigo e outro muito contemporâneo. O primeiro é
um soneto de Camões, o eterno amante, um dos maiores cantores do amor de todos os
tempos, em quem se inspirou, por exemplo, Vinícius de Moraes, ao fazer seus célebres sonetos amorosos. Camões viveu no século XVI, em pleno Renascimento, quando os poetas também se inspiravam em Petrarca. Francesco Petrarca foi um italiano que fez maravilhosos poemas (sobretudo sonetos) para Laura, por quem – dizem – teve um amor platônico, um amor que fica no campo das idéias e sentimentos e “não se realiza” fisicamente.
A descrição que Camões faz da mulher amada, cheia de mistérios e aparentes contradições, impossível de ser captada claramente, é muito próxima do retrato que Leonardo da Vinci faz na famosíssima tela Mona Lisa, ou La Gioconda.


Leonardo da Vinci (1452-1519) foi um dos maiores gênios do mundo, em todos os tempos.Foi inventor, filósofo, cientista, matemático, entre outras coisas. Mas é como pintor que sua obra continua tendo uma importância extraordinária.Tão
famosa quanto a Mona Lisa é sua tela A Santa Ceia, cena reproduzida uma infinidade de vezes, em todas as épocas.
*Reproduza também a Monalisa de nossos tempos. Mostre seu lado de Leonardo da Vinci do século XXI.













Vamos ao soneto.
Um mover d’olhos, brando e piedoso,
sem ver de quê; um riso brando e honesto,
quase forçado; um doce e humilde gesto,
de qualquer alegria duvidoso;
um despejo quieto e vergonhoso;
um repouso gravíssimo e modesto;
uma pura bondade, manifesto
indício da alma, limpo e gracioso;
um encolhido ousar; uma brandura;
um medo sem ter culpa; um ar sereno;
um longo e obediente sofrimento:
esta foi a celeste formosura
da minha Circe, e o mágico veneno
que pôde transformar meu pensamento.

CAMÕES, Luís Vaz de. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1963. p.301.

Belo poema, você achou? Vemos aí que as três primeiras estrofes constituem uma
longa frase nominal, em que o poeta sugere a ambiguidade de determinada mulher: tanto no físico como no espírito, ela parece encerrar uma contradição, uma dificuldade de ser definida. No último terceto, quando o poeta revela sua relação com o modelo, continua a sensação do inatingível: a amada é celeste, mas é também veneno. Entre parênteses: foi em parte esse mistério que deu a fama à Mona Lisa e a transformou no símbolo da pintura, em todos os tempos.
A – Nesse soneto de Camões, que verbos seriam usados, se o poeta não optasse pela frase nominal?
B – Tais verbos fazem falta, nesse soneto? Justifique.
Embora a frase nominal seja muito utilizada nos mais diferentes tipos de textos,
podemos dizer que a situação mais comum é a frase organizar-se em torno de um verbo,
ou de um conjunto de formas verbais que equivalem a um só verbo – as chamadas
locuções verbais.
Sua mãe acaba acostumando. (acostuma).
Ela vai ter mais sossego sozinha. (terá).
Pode ocorrer, por outro lado, que o verbo não apareça, mas seja facilmente subentendido.
Atividade 4
Eu também.
Releia o trecho em que aparece essa frase.
Que verbo está subentendido nesse bilhete?
Quando a frase se organiza em torno de um ou mais verbos, ela recebe o nome
de PERÍODO. Cada verbo ou locução verbal é, em princípio, o núcleo de uma
informação. Cada informação centrada no verbo chama-se ORAÇÃO.
Veja, agora, os bilhetes do terceiro grupo.
Grupo C:
Estive relendo coisas e vi uma poesia que você copiou no caderno de português.
Célia, ontem eu faltei porque estava entibiada.
Daqui a pouco ele pega os bilhetes e ralha com a gente.

Atividade:
A – Que diferença há entre os períodos do Grupo B e do Grupo C?
B – Você já deve ter usado, em vários momentos de sua vida, as palavras: simples,
composto, absoluto. Considerando o significado dessas palavras, complete o texto abaixo,
usando nas lacunas uma dessas três palavras.
O período que apresenta apenas uma oração é chamado ________________, e a oração
única é chamada _________________. O período com mais de uma oração é chamado _________________.

Ativ.:
A – A partir das informações acima, podemos concluir que há uma situação em que a
frase é, ao mesmo tempo, período e oração. Qual é essa situação?

Poesia sapeca
a
poesia sapeca
sapecou
um verso
no caderno
de tarefas.
BINHO. Na ponta da língua. Belo Horizonte: Miguilim, 1991.
a) Com relação à presença de frase, período e oração, que situação temos no poema?Justifique.
b) Como você justificaria o adjetivo usado para a poesia, no contexto do poema?
c) Que lhe sugere o uso do verbo “sapecou”?
C – Indique, nos parênteses à frente de cada frase, se temos:
F – só frase;
O – uma frase que é, ao mesmo tempo, uma oração absoluta;
P – uma frase que é, ao mesmo tempo, um período composto.
( ) a) Tenho três livros dela.
( ) b) Pode até dar suspensão, do jeito que é aborrecido.
( ) c) Saiu.
( ) d) Que poesia, hem?
( ) e) Está vindo pro nosso lado.
( ) f) Deve de ser muito difícil a professora dar aula desse jeito, pelejando pra esquecer uma coisa.
D – Marque, nas frases acima, as locuções verbais.


Até a próxima......Aguarde algumas sugestões de trabalho com Sujeito e Predicado!!!
Abraços.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Relatório do quinto encontro- Fim do TP1

5º Encontro com os cursistas

Oi , gente....Estamos de volta com uma nova postagem sobre o andamento do Gestar II.
Estamos bem no meio do nosso cronograma para a 1ª etapa.
Iniciamos nosso encontro com apresentações dos professores cursistas sobre três gêneros textuais diferentes , com suas interpretações e respectivas formas e sugestões de trabalho.
As professoras cursistas estão , decididamente, fora do mundo das professoras de Língua Portuguesa e enquadradas como professoras de gêneros textuais,de linguagem. E isso faz toda a diferença...
Iniciamos com o gênero "Fotografia", fonte rica de interpretação da pág. 103 do TP1.

Escola para as crianças do acampamento de Santa Clara, composto de
650 famílias, ou seja, 2 500 pessoas. No início de abril de 1996, um dos
camponeses desse acampamento foi assassinado por jagunços a serviço do
proprietário da Fazenda Santa Clara, um latifúndio de 4 530 hectares.
Os professores das escolinhas são os próprios sem-terra. O material escolar
indispensável é fornecido pelas cooperativas do Movimento dos Sem-Terra,
enquanto as mesas e bancos são feitos com madeira recolhida na caatinga próxima. Sergipe, 1996



As professoras Isabela e Raquel se responsabilizaram pela exploração desse gênero.
Foram riquíssimas e variadas as interpretações e apresentações dos professores,assim como as inúmeras possibilidades de de fazer uso desse texto para explorar conteúdos , não usando-o como um pretexto, mas como fonte real de trabalho e efetivo desempenho.
As questões seguintes foram discutidas a respeito da possibilidade de, com nossos alunos:
*Fazer diferenciação entre a linguagem verbal e a não-verbal;
*Reproduzir a realidade de nossas salas de aula com os nossos olhares fotográficos;
*Fazer uma exposição de retratos de nosso dia a dia;
*Identificar e redigir a respeito da variedade existente em cada sala de aula;
*Como narrar, descrever ou dissertar a partir do gênero foto;
*Estudar e confeccionar textos de Crônicas e Memórias;
*Pesquisar a biografia de Sebastião Salgado;
*Verificar o altruísmo em comunidades de baixa renda e com dificuldades de acesso ao mundo globalizado...
A professora Sylvia, além de retratar todas as questões acima expostas,aplicou a interpretação de texto não-verbal com seus alunos e explorou o conteúdo com a descrição oral e escrita.



Muitas são as hipóteses!

Num segundo momento,passamos para o texto "Porã" de Antônio Carlos Hohlfeldt da pág. 109 que também abriu margem a muitas iniciativas.


As professoras Ana Maria e Vera exploraram o gênero novela infantil e, além de toda a interpretação que foi feita a priori,as questões envolveram a discussão de algumas questões fundamentais: o preconceito,aqui representado na agressão verbal dos alunos, e a função da escola, que deveria ser a de desenvolver nos alunos o sentimento da igualdade, o respeito e a convivência com o “diferente”. A partir dele, a cultura indígena pode ser pesquisada,além de questões históricas, como a perda de terras e a aproximação dos indígenas dos brasileiros “brancos”. Sem dúvida alguma, esses assuntos, a serem explorados em conjunto com professores de Ciências Sociais, podem fazer parte de um belo projeto.
Na nossa opinião, outros apectos podem ser incorporados:
*A cultura indígena;
*Origem das palavras grafadas com J;
*Estudo de expressões como "programa de índio","caçar um livro";
*O Bullying na escola;
*Intertextualidade com o livro "O sonho do caroço de abacate",seguida de análises literárias, teatro e folder;
*Onde estão os índios hoje/ Construção de gráficos, notícias;
*Precariedade e riqueza cultural(opostos que chamam a atenção);
*Artesanato indígena;
*Visão do Brasil pelos estrangeiros como um país de índios.

A professora Catley abordou o assunto por outro ângulo , enfatizando a reflexão a respeito de problemas com os quais muitos educadores não conseguem lidar, seja por falta de treinamento específico ou por questões estruturais das escolas públicas: a inclusão. O foco da apresentação partiu, antes da leitura do texto, com uma sondagem aos participantes sobre a questão.A atividade foi em power point, com reflexão voltada para a realidade que a professora vive atualmente com uma turma de PAV numa escola de campo.




Veja:
OBSERVE AS SEGUINTES IMAGENS...









O QUE MAIS CHAMOU SUA ATENÇÃO?
VAMOS CONVERSAR...
 VOCÊ SE SENTE PREPARADA PARA LIDAR COM O “DIFERENTE” EM SALA DE AULA?

 QUE TIPOS DE PRECONCEITO OU DISCRIMINAÇÃO PODEMOS ENCONTRAR NA ESCOLA?

 VOCÊ SE SENTE PREPARADA PARA LIDAR COM TAIS SITUAÇÕES?

 JÁ ACONTECEU ALGUMA SITUAÇÃO DE PRECONCEITO DURANTE SUA AULA?

 A ESCOLA, A SEU VER, TEM SIDO REALMENTE UM ESPAÇO DE INTEGRAÇÃO DE TODOS?

 PENSANDO EM QUEM SOFRE O PRECONCEITO, QUE POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS PODEM SER ACARRETADAS?
 VAMOS, AGORA, LER O TEXTO DA PÁGINA 109 DA NOSSA APOSTILA – “PORÔ

 QUE TRECHO DO TEXTO CHAMOU MAIS SUA ATENÇÃO? POR QUÊ?

 QUESTÕES PROPOSTAS PELA APOSTILA.

 PÁGINA 112 – SUGESTÃO DE PROJETO PARA SER TRABALHADO EM SALA DE AULA.





Pelas professoras Edilamar e Regina Helena,o gênero anúncio publicitário da página 116 foram muito bem realçados os seguintes aspectos,mais especificamente gramaticais.






*A variação linguística:presença de gírias;
*a influência do inglês em nossa cultura;
*Aprendizagem da diferenciação de anúncio e propaganda;
*A importância dos numerais dentro da língua portuguesa;
*Interdisciplinaridade com Matemática:porcentagem;
*Estudo dos fonemas;
*A presença do pronome você com ideia de aproximação,intimidade;
*O estudo dos verbos no imperativo como característica essencial dos anúncios, estratégia de convencimento;
*O efeito apelativo ( 50% para os deficientes visuais);
*A presença do Eufemismo(deficiente visual);
*As pessoas (adolescentes) podem fazer o curso independentemente de raça ( representação pelas cores dos personagens);
*O fundo verde do texto , representando o Brasil e a esperança que nunca se perde.

Segundo as professoras Elizabete e Viviane, um trabalho com os alunos a respeito do SUPORTE em que este gênero estaria veiculado faria toda diferença e provocaria reações distintas no público alvo:os adolescentes (poderia ser um outdoor,uma revista como a Todateen,etc),além de todos os itens já mencionados anteriormente.




Ao fim das apresentações, trabalhamos o tema Intertextualidade(Unidade 4),com base em slides em power point e música.

HIBRIDISMO TEXTUAL OU INTERGENERICIDADE
(Mescla de Formas e Funções)
Glória Dias Soares Vitorino


VIVA SAUDÁVEL COM OS LIVROS DIÓGENES
Os livros Diógenes acham-se internacionalmente introduzidos na biblioterapia. (sic)

POSOLOGIA : As áreas de aplicação são muitas, principalmente resfriados, corizas, dores de garganta e rouquidão, mas também nervosismo, irritações em geral e dificuldade de concentração. Em geral, os livros Diógenes atuam no processo de cura de quase todas as doenças para as quais prescreve-se descanso. Sucessos especiais foram registrados em casos de convalescença.

PROPRIEDADES : O efeito se faz notar pouco tempo depois após iniciada a leitura e tem grande durabilidade. Livros diógenes aliviam rapidamente a dor, estimulam a circulação sanguínea e o estado geral melhora.

PRECAUÇÕES / RISCOS : Em geral, os livros Diógenes são bem tolerados. Para miopia, aconselham-se meios de auxílio à leitura. São conhecidos casos isolados nos quais o uso prolongado produziu dependência.

DOSAGEM : Caso não haja outra indicação, sugere-se um livro a cada dois ou três dias. Regularidade no uso é o pressuposto essencial para a cura. Leitura diagonal ou desistência prematura podem interferir no efeito.

(MARCUSCHI, Luiz A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. Rio de Janeiro: Parábola Editora, p. 165.)


Por um lado, considerando-se os estudos gramaticais, hibridismo diz respeito ao processo pelo qual constituem-se palavras a partir de elementos de línguas diferentes, a exemplo de: i) automóvel : auto (grego) + móvel (latim); ii) televisão : tele (grego) + visão (latim); iii) Florianópolis : floriano (português) + polis (grego); entre muitos outros casos. Por outro lado, se levarmos em conta os estudos linguísticos, há também a hibridização do texto. Esse fenômeno, também denominado intergenericidade ou intertextualidade intergêneros, diz respeito à mescla de funções e formas de gêneros diversos num dado gênero (MARCUSCHI, 2002). Em outras palavras, pode-se dizer que o hibridismo é uma espécie de violação de modelos globais dos textos. Isso significa que um determinado gênero textual, para provocar certos efeitos de sentido, pode assumir a forma de um outro gênero. Isso ocorre, por exemplo, no texto .Viva saudável com os livros Diogenes?, no parágrafo inicial. Nesse caso, o formato, a configuração, a estruturação são próprios do gênero bula de remédio (posologia, propriedades, precauções/riscos, dosagem). Porém, considerando-se a função (divulgar, persuadir, convencer), o texto se configura no gênero propaganda. Mesclam-se, pois, dois diferentes domínios: o científico (forma) e o publicitário (função). Essa mescla de forma/função pode ocorrer a partir de recursos variados.

A música Carinhoso foi um exemplo que casou com nosso tema "intergeniricidade";

Trabalhar propaganda e anúncio publicitário,por exemplo.
Qual é a diferença entre esses dois gêneros?
PROPAGANDA:
Texto verbal ou não, apelo visual,nos incentiva a tomar uma postura ou uma atitude.(Eleições , doação de sangue)É uma reflexão de caráter cidadão , social.Vende e propaga uma forma de agir. Convence a pôr a mão na consciência.Propaganda de desmatamento com Chapeuzinho Vermelho.
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO OU PUBLICIDADE:
Vende o produto,incentiva a pôr a mão no bolso.
Anúncio do Boticário com Chapeuzinho Vermelho.

Seção 2
Formas de intertextualidade
1-PARÁFRASE=Refala, diz a mesma coisa com outras palavras.Não perde a ideia original.(Ex.:O patinho feio do Gestar,pag. 141)

2-PARÓDIA=Muda o sentido original, pode até não mudar as palavras.(Ex.:O patinho feio de Paulo de Souza Carreirão)(A novela TITITI é uma paródia , pois está modernizada , apesar deter características de pastiche também)

3-PASTICHE=Cópia de formato entre textos ou músicas ou programas.Estilo que imita por intermédio da mesma estrutura.(Ex.: Faustão, Gugu, Eliana/ Trapalhões, o Gordo e o Magro/O início do Casseta e Planeta imitando o fim da novela das 9 / Raul Gil, Chacrinha)

4-CITAÇÃO:Segundo fulano...

*Aproveitar o assunto de intertextualidade para passar o texto PPS :Chapeuzinho na mira da mídia.
*Passar também MP3 DJ Tiago(áudio Power)-Crítica à Publicidade e consumismo exagerado como no Casseta e Planeta.

Alguns profissionais do Gestar e nossa coordenadora Solange.



Finalizamos o encontro com uma avaliação do curso com finalidade de aprimorar a estrutura do curso e a forma de repasse.









Até o próximo encontro,colegas!!!!