GRUPOS E MANIFESTAÇÕES CULTURAIS COMO PATRIMÔNIO DE NOSSA TERRA
1. Problemática:
Nossos alunos, como foco de nosso trabalho, possuem estreita consciência, conhecimento e apreço pela cultura local. Muitas vezes, por não conhecerem tal realidade e, sobretudo, a importância de valorizar esta riqueza sem tamanho, muitos de nossos jovens e adolescentes se alienam e deixam resquícios dessa cultura impressionante se perderem no tempo. É fato que, por se tratar de Folclore, muito do que existe é passado de geração a geração oralmente ou por conhecimentos práticos. E é aí que entra a necessidade de, paralelamente ao avanço tecnológico, desenvolvermos um interesse pelo passado e pelo que nele há de mais rico: a cultura.
2. Fundamentação teórica:
A cultura, por ter importância inquestionável, precisa ser resgatada, protegida, repassada a todos os que pertencem a mesma comunidade, para que não se perca. “A cultura de um povo é seu maior patrimônio. Preservá-la é resgatar a história, perpetuar valores. É permitir que as novas gerações não vivam sob as trevas do anonimato.” (Nildo Lage). Em função disso, vários trabalhos têm sido desenvolvidos.
A escola, como elo entre a comunidade e o saber, assume seu papel de propagadora do conhecimento. O programa Gestar procura suprir uma lacuna existente em nossa prática, que tentamos há muito tempo completar.
Os programas pedagógicos necessitavam de um embasamento que fosse mais moderno, por serem mecânicos, repetitivos, “chatos”; modernizá-los era preciso, dirigir um olhar diferente sobre a realidade que nos cerca era imprescindível. Nossos alunos não param no tempo, estão ligados, “antenados” e o que fazíamos antes, hoje certamente não se aplicará.
Há uma demanda crescente e exigente que faz dos gêneros textuais foco de trabalho e obriga os profissionais em Educação adequar suas aulas a essa nova “onda”. O curso destinou um caderno específico para este fim, enriquecendo nossas aulas, tentando solucionar nossas dúvidas e questionamentos a esse respeito.
Não é novidade nenhuma que o trabalho com a Língua Portuguesa exige um estudo sobre gramática, seja ele superficial ou aprofundado. O Tp2 veio com essa proposta, para que nos situássemos sobre essa questão, refletir sobre os tipos de gramática e como fazer dela ferramenta eficaz em nosso trabalho.
É fato que, como somos humanos, não somos iguais e a maneira de nos comunicarmos também difere bastante, variando de região a região, de idade a idade, de classes sociais e, até mesmo, de profissão... Acompanhando tanta evolução e variação, de maneira superinteressante, o Tp1 aborda a variação linguística, resgatando a já citada riqueza cultural presente nos dizeres deste povo que ainda não reconhece o valor que tem.
Como foco de preocupação constante, levar jovens ou adolescentes a escrever, reescrever, revisar e escrever novamente sem se sentirem fatigados, o Tp4 e o Tp6 buscam dentro dos tipos básicos de textos (narração, dissertação,...) introduzir nova proposta com sentido para a produção dos mais variados gêneros adequada à intenção comunicativa.
Somado a tudo isso, o Tp6 fecha as propostas dos gêneros textuais, amplamente estudados no Tp3, através do estudo da argumentação, dando a devida ênfase à produção textual, que engloba as fases de planejamento, escrita, revisão e edição.
E o Tp5, por sua vez, vem completar todo este trabalho, com pinceladas de coerência e coesão impetrando ao texto um sentido necessário à compreensão. Não se esquecendo de que o estilo é inerente ao escritor, o Tp aos textos uma riqueza peculiar, particular, fazendo de nossa língua “um baú só de surpresas”, uma obra de arte, um patrimônio incalculável.
3. Objetivos gerais:
Estudar e trabalhar conceitos básicos de cultura, patrimônio cultural, patrimônio imaterial e memória popular;
Dar ênfase ao estudo da cultura local e das comunidades mais próximas;
Envolver a comunidade no processo, proporcionando a oportunidade de refletir sobre a construção oral e escrita da língua.
4. Objetivos específicos:
Resgatar as peculiaridades da variação linguística local presente nos “causos”, lendas, receitas populares, costumes em geral;
Valorizar o senso comum através do conhecimento popular das benzedeiras, da medicina alternativa, crenças e superstições;
Promover a integração escola/comunidade e vice-versa;
Apresentar à comunidade o resultado do Programa Gestar, através dos trabalhos expostos;
Resgatar habilidades populares artesanais (pinturas, crochê, cestaria, fuxico...), dando o devido valor a tais manifestações;
Eternizar causos, músicas, histórias, e manifestações culturais, receitas transmitidas oralmente que se não forem registradas não perpetuarão e se perderão no tempo;
Valorizar as habilidades pessoais dos alunos de forma a promover seu desenvolvimento artístico e integral, ultrapassando as paredes da escola;
Produzir as memórias literárias.
5. Metodologia:
Atrair a comunidade a participar do processo de realização deste trabalho bem como de sua apresentação;
Promover trabalho de pesquisa centrada em entrevistas;
Organizar e catalogar acervo de fotos, objetos antigos, documentos, cartas, cartazes de festa, convites de casamento;
Produção de vídeo ou slides de fotos registrando fatos mais importantes e culminância;
Trabalhar a culinária local;
Resgatar as realizações sociais comuns e religiosas (casamentos e eleições), bem como os auditórios nas escolas;
Promover oficinas de bordado e pintura;
Construir o livro “Autorretrato lagoense”.
6. Cronograma:
Trabalho de pesquisa e coleta de dados: setembro e outubro de 2011.
Montagem, organização do material: 2ª quinzena de outubro.
Oficinas: 1ª semana de novembro.
Construções dos trabalhos escritos: durante todo o processo.
Exposição: 2ª semana de novembro.
7. Equipe de trabalho:
Professores, direção e equipe pedagógica da escola, funcionários, alunos e comunidade.
8. Avaliação:
Avaliação formativa no decorrer de todo o processo.
Referências
ANTUNES, Irandé. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
PORTO, Márcia. Um diálogo entre os gêneros textuais. Curitiba: Aymará Edições e Tecnologia, 2009.
PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II – Língua Portuguesa – Atividades de Apoio à Aprendizagem – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II – Língua Portuguesa – Cadernos de Teoria e Prática – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
Professores cursistas responsáveis:
ANA MARIA DE ANDRADE RESENDE
EDILAMAR EFIGENIA DE OLIVEIRA RESENDE
ELIZABETE MARIA SILVA FIGUEIREDO
ELIZABETH ANDRADE DA FONSECA RESENDE
ISABELA CRISTINA FONSECA
RAQUEL ÉRICA LUIS
REGINA HELENA LUIS
SYLVIA MIRANDA VASCONSELLOS
VERA LÚCIA DE MENDONÇA
VIVIANE APARECIDA DE OLIVEIRA
Professora tutora:Flávia Regina
Escolas:
ESCOLA MUNICIPAL ANGELINA MEDRADO
ESCOLA MUNICIPAL PROFª MARIA MARCÍLIA DE REZENDE

domingo, 18 de setembro de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
TP6- Relatório e Lições Desenvolvidas
Escola Municipal Angelina Medrado
Profª tutora: Flávia Regina Santos Chaves
Relatório e Lições de Casa do TP6
Tema
O processo de argumentação e o planejamento e revisão textuais
Inúmeros são os questionamentos que rondam a questão da produção textual na sala de aula, afirmando que “bons leitores, bons escritores”. Outros dizem que os mais comunicativos e falantes produzem textos com mais facilidade.
Sabemos que as situações anteriores são verdadeiras até certo ponto. Entretanto nem sempre os bons leitores são bons escritores e quase nunca o último caso se verifica. Existem casos de pessoas que não possuem o dom da oralidade, porém escrevem com certa propriedade, outros leem muito e não conseguem escrever aquilo compreenderam. O processo de escrita é doloroso e exige dedicação, esforço e paciência e a intervenção contínua.
Diante de tudo isso, as perguntas que permanecem em nossa mente são: Por que nossos alunos não produzem textos conforme desejamos? Por que não argumentam, nem são questionadores no momento de escrever?
Até aqui o que tem prevalecido em grande parte é a falta de criatividade ao escrever um texto. Podemos perceber, diante disso, que ainda falta para o nosso aluno o conceito do que é um texto e para que serve. Como ele, enquanto autor, pode desenvolver suas ideias sem que o texto se perca numa infinidade de repetições e conceitos vazios, só para preencher um número de linhas?
E, além disso, mesmo com um texto pronto, a revisão é processo fundamental para se adquirir um produto autossuficiente. Esse é um recurso para ser trabalhado constantemente e incansavelmente. Seria uma descoberta e tanto para o universo discente e que, talvez, resolvesse boa parte de nossas angústias!
Quando trabalhamos de forma mais aprofundada um determinado assunto e este é de interesse do aluno, a condição anterior pode ser amenizada. Um bom texto pode ser produzido após uma boa discussão. Mas é inegável que, mesmo com um bom planejamento, sem o “Passar a limpo de verdade”, a produção perde boa parte de seu valor.
Perfis das turmas
Executei as Lições nas duas turmas de 8º ano em que leciono nas salas de 8º A e 8º C .
Justificativa
“O fato de o ato de escrever ser um momento em que aquele que escreve se vê sozinho frente ao papel, tendo em mente apenas uma imagem de um possível interlocutor, faz com que haja necessidade de uma maior preocupação em relação a todo o processo que cerca a produção de texto, desde os primeiros instintos de seu criador até a última pincelada de seu revisor. Em geral, o aluno não sabe até que ponto deve explicitar o que tenta dizer para que se faça compreender. Entretanto, o "fazer-se compreender" é um ponto central em qualquer texto escrito; a argumentação com base em tese, causa e consequência juntamente à intervenção coletiva devem colaborar neste sentido, facilitando o estabelecimento de uma relação entre os interlocutores do texto. O que se busca não é um texto fechado em si mesmo, impenetrável a qualquer leitura e sim, algo que possa servir como veículo de uma interação entre os interlocutores. E que seja vivo e fiel a seu propósito independentemente de seu autor.”
Adaptado de DURIGAN, Regina H. de Almeida et alli. A dissertação no vestibular.
Objetivos gerais
Desenvolver o gosto pela escrita, ampliando formas de produção de texto.
Criar o compromisso de ler para revisar, esquecendo os antigos de hábitos de ler o texto final só por ler ou para cumprir um pedido do professor.
Objetivos específicos
Apreender os conceitos TESE/FATO como base para um parágrafo maduro e firme, se apoiados numa gama de informações de percebam causas e encontrem consequências como aspectos importantíssimos na criação de um bom texto dissertativo.
Lidar com o rascunho como fonte de apoio e segurança do leitor e não como parte de uma tarefa a mais, causadora de sofrimento e stress.
Fazer a intervenção em um texto, estabelecendo questionamentos relevantes para o processo de planejamento, revisão e edição.
Textos e obras explorados
• Com base na teoria exposta no Caderno do TP6, no Importante da página 21 e nos Avançando na prática das páginas 23 e 39, optei pela elaboração de um Power Point com a temática “A influência da Internet na vida das pessoas” em que os alunos tinham de, a partir das teses oferecidas, criar os argumentos (causas e consequências) e somente depois disso eu ia mostrando cada slide como exemplificação. Assim, teriam algo em que pudessem se apoiar na construção de futuras dissertações. Fizemos em conjunto uma dissertação sobre o Tabagismo. Foi assim que os alunos compuseram também a Redação do Concurso “300 anos do Ciclo do Ouro em Minas Gerais”.
• A 2ª Lição aplicada tem referência ao processo de avaliação de um texto, numa intervenção coletiva com os mesmos critérios observados no TP na página 131, explorando a Atividade 9 das páginas 148, 149 e 150. (Anexo1)
Metodologia
• Atividades de intervenção individuais e coletivas.
• Aulas expositivas e dialogadas.
• Slides no Power Point.
• Planejamento, produções de texto e revisões individuais e coletivas.
Cronograma
As atividades foram realizadas no período de 8 horas/aula (1ª atividade) e 2 horas/aula (2ª atividade).
Avaliação
• A avaliação das atividades propostas foi formativa e também somativa, visto que uma das lições contribuiu para o envolvimento no Concurso.
Anexo 1
Atividade 9 (Intervenção coletiva_Gestar- TP6, p.148)
Leia o texto abaixo, escrito em sua primeira versão por uma aluna.
a) Imagine que este texto tivesse sido produzido em sua sala de aula. Descreva abaixo uma situação que possibilitasse sua escrita.
Vamos dar um fim para a violência
Paz e amor, essas são as únicas palavras que podem acabar com a violência. Paz para poder ouvir o que tem dentro de você e amor para haver harmonia no mundo.
Em vez de gastar tanta energia com a violência, porque não há utilizarmos para construir um mundo melhor, pois nele está cheio de mais de desequilíbrios.
A televisão. Jornais e as revistas, são mais alguns meios de incentivação do crescimento da violência.
A TV é toda poderosa, que faz a gente ficar fibrada nela. Ela faz atitudes mudarem, fazendo nós confundirmos a realidade com a ficção.
Às vezes nós agimos de uma forma violenta, quando não temos consciência do que estamos fazendo e falando, como nos casos mais impressionantes ocorridos este ano, aqui no Brasil, o assasinato de Daniela Peres, as chacinas, como de Vigário geral e
da Canbrelária entre outras, sendo que 4 meninos de rua morrem por dia, é nessas horas que deveríamos pensar como Cristo “Ama ao próximo como a ti mesmo”, isso são apenas palavras simples, que quase ninguém dá importância hoje em dia. “O Brasil é um
dos campeões mundiais de desrespeito aos direitos humanos”, é por isso que a pena de morte, não é uma das soluções.
Devemos acabar com a violência, antes que ela acabe com a gente, é uma péssima maneira de utilizar a vida, fazendo no entanto.uma discriminação, sendo cor ou raça, de religião ou crueldade, não é uma maneira de nos defendermos com dignidade. portanto,
vamos pensar duas ou mais vezes, antes de tomar uma providência imediata em qualquer situação, pois brigas, não levam a nada, só desentendimento e mortes, mas amor, leva a um futuro decente e uma vida super legal.
Devemos ter força de vontade e esperança para não deixar que o nosso mundo, seja possuído por essas atitudes que só atraem infelicidade.
(Aline, 6a série, Brasília)
b) Qual o gênero do texto?
c) Pela leitura, qual seria a função desse texto?
d) Qual a sequência temática do texto?
e) Há indícios de revisão textual? Qual(is)?
f) Verifique o texto a partir de outros parâmetros :
1- A partir da leitura, pode-se verificar se o texto cumpre seu objetivo? Se sim, justifique.
2- Para quem a autora escreve?
3- Há relevância de conteúdo?
4- Visto que a sequência da informação e a função do texto foram verificadas acima, considere a apropriação do nível de formalidade.
g) Verifique os itens para a edição do texto:
g1- O texto faz sentido? Justifique.
g2- Ortografia:
g3- Pontuação: pontos, pontos de interrogação, vírgulas, pontos de exclamação, aspas
ou travessões.
g4- Parágrafos:
g5- Letras maiúsculas:
g6- Palavras excessivas:
g7- Se você fosse o(a) professor(a), que comentários faria?
Considere pontos fortes e carências:
h) Reescreva o texto, tentando respeitar ao máximo sua autora e seu estilo.
Profª tutora: Flávia Regina Santos Chaves
Relatório e Lições de Casa do TP6
Tema
O processo de argumentação e o planejamento e revisão textuais
Inúmeros são os questionamentos que rondam a questão da produção textual na sala de aula, afirmando que “bons leitores, bons escritores”. Outros dizem que os mais comunicativos e falantes produzem textos com mais facilidade.
Sabemos que as situações anteriores são verdadeiras até certo ponto. Entretanto nem sempre os bons leitores são bons escritores e quase nunca o último caso se verifica. Existem casos de pessoas que não possuem o dom da oralidade, porém escrevem com certa propriedade, outros leem muito e não conseguem escrever aquilo compreenderam. O processo de escrita é doloroso e exige dedicação, esforço e paciência e a intervenção contínua.
Diante de tudo isso, as perguntas que permanecem em nossa mente são: Por que nossos alunos não produzem textos conforme desejamos? Por que não argumentam, nem são questionadores no momento de escrever?
Até aqui o que tem prevalecido em grande parte é a falta de criatividade ao escrever um texto. Podemos perceber, diante disso, que ainda falta para o nosso aluno o conceito do que é um texto e para que serve. Como ele, enquanto autor, pode desenvolver suas ideias sem que o texto se perca numa infinidade de repetições e conceitos vazios, só para preencher um número de linhas?
E, além disso, mesmo com um texto pronto, a revisão é processo fundamental para se adquirir um produto autossuficiente. Esse é um recurso para ser trabalhado constantemente e incansavelmente. Seria uma descoberta e tanto para o universo discente e que, talvez, resolvesse boa parte de nossas angústias!
Quando trabalhamos de forma mais aprofundada um determinado assunto e este é de interesse do aluno, a condição anterior pode ser amenizada. Um bom texto pode ser produzido após uma boa discussão. Mas é inegável que, mesmo com um bom planejamento, sem o “Passar a limpo de verdade”, a produção perde boa parte de seu valor.
Perfis das turmas
Executei as Lições nas duas turmas de 8º ano em que leciono nas salas de 8º A e 8º C .
Justificativa
“O fato de o ato de escrever ser um momento em que aquele que escreve se vê sozinho frente ao papel, tendo em mente apenas uma imagem de um possível interlocutor, faz com que haja necessidade de uma maior preocupação em relação a todo o processo que cerca a produção de texto, desde os primeiros instintos de seu criador até a última pincelada de seu revisor. Em geral, o aluno não sabe até que ponto deve explicitar o que tenta dizer para que se faça compreender. Entretanto, o "fazer-se compreender" é um ponto central em qualquer texto escrito; a argumentação com base em tese, causa e consequência juntamente à intervenção coletiva devem colaborar neste sentido, facilitando o estabelecimento de uma relação entre os interlocutores do texto. O que se busca não é um texto fechado em si mesmo, impenetrável a qualquer leitura e sim, algo que possa servir como veículo de uma interação entre os interlocutores. E que seja vivo e fiel a seu propósito independentemente de seu autor.”
Adaptado de DURIGAN, Regina H. de Almeida et alli. A dissertação no vestibular.
Objetivos gerais
Desenvolver o gosto pela escrita, ampliando formas de produção de texto.
Criar o compromisso de ler para revisar, esquecendo os antigos de hábitos de ler o texto final só por ler ou para cumprir um pedido do professor.
Objetivos específicos
Apreender os conceitos TESE/FATO como base para um parágrafo maduro e firme, se apoiados numa gama de informações de percebam causas e encontrem consequências como aspectos importantíssimos na criação de um bom texto dissertativo.
Lidar com o rascunho como fonte de apoio e segurança do leitor e não como parte de uma tarefa a mais, causadora de sofrimento e stress.
Fazer a intervenção em um texto, estabelecendo questionamentos relevantes para o processo de planejamento, revisão e edição.
Textos e obras explorados
• Com base na teoria exposta no Caderno do TP6, no Importante da página 21 e nos Avançando na prática das páginas 23 e 39, optei pela elaboração de um Power Point com a temática “A influência da Internet na vida das pessoas” em que os alunos tinham de, a partir das teses oferecidas, criar os argumentos (causas e consequências) e somente depois disso eu ia mostrando cada slide como exemplificação. Assim, teriam algo em que pudessem se apoiar na construção de futuras dissertações. Fizemos em conjunto uma dissertação sobre o Tabagismo. Foi assim que os alunos compuseram também a Redação do Concurso “300 anos do Ciclo do Ouro em Minas Gerais”.
• A 2ª Lição aplicada tem referência ao processo de avaliação de um texto, numa intervenção coletiva com os mesmos critérios observados no TP na página 131, explorando a Atividade 9 das páginas 148, 149 e 150. (Anexo1)
Metodologia
• Atividades de intervenção individuais e coletivas.
• Aulas expositivas e dialogadas.
• Slides no Power Point.
• Planejamento, produções de texto e revisões individuais e coletivas.
Cronograma
As atividades foram realizadas no período de 8 horas/aula (1ª atividade) e 2 horas/aula (2ª atividade).
Avaliação
• A avaliação das atividades propostas foi formativa e também somativa, visto que uma das lições contribuiu para o envolvimento no Concurso.
Anexo 1
Atividade 9 (Intervenção coletiva_Gestar- TP6, p.148)
Leia o texto abaixo, escrito em sua primeira versão por uma aluna.
a) Imagine que este texto tivesse sido produzido em sua sala de aula. Descreva abaixo uma situação que possibilitasse sua escrita.
Vamos dar um fim para a violência
Paz e amor, essas são as únicas palavras que podem acabar com a violência. Paz para poder ouvir o que tem dentro de você e amor para haver harmonia no mundo.
Em vez de gastar tanta energia com a violência, porque não há utilizarmos para construir um mundo melhor, pois nele está cheio de mais de desequilíbrios.
A televisão. Jornais e as revistas, são mais alguns meios de incentivação do crescimento da violência.
A TV é toda poderosa, que faz a gente ficar fibrada nela. Ela faz atitudes mudarem, fazendo nós confundirmos a realidade com a ficção.
Às vezes nós agimos de uma forma violenta, quando não temos consciência do que estamos fazendo e falando, como nos casos mais impressionantes ocorridos este ano, aqui no Brasil, o assasinato de Daniela Peres, as chacinas, como de Vigário geral e
da Canbrelária entre outras, sendo que 4 meninos de rua morrem por dia, é nessas horas que deveríamos pensar como Cristo “Ama ao próximo como a ti mesmo”, isso são apenas palavras simples, que quase ninguém dá importância hoje em dia. “O Brasil é um
dos campeões mundiais de desrespeito aos direitos humanos”, é por isso que a pena de morte, não é uma das soluções.
Devemos acabar com a violência, antes que ela acabe com a gente, é uma péssima maneira de utilizar a vida, fazendo no entanto.uma discriminação, sendo cor ou raça, de religião ou crueldade, não é uma maneira de nos defendermos com dignidade. portanto,
vamos pensar duas ou mais vezes, antes de tomar uma providência imediata em qualquer situação, pois brigas, não levam a nada, só desentendimento e mortes, mas amor, leva a um futuro decente e uma vida super legal.
Devemos ter força de vontade e esperança para não deixar que o nosso mundo, seja possuído por essas atitudes que só atraem infelicidade.
(Aline, 6a série, Brasília)
b) Qual o gênero do texto?
c) Pela leitura, qual seria a função desse texto?
d) Qual a sequência temática do texto?
e) Há indícios de revisão textual? Qual(is)?
f) Verifique o texto a partir de outros parâmetros :
1- A partir da leitura, pode-se verificar se o texto cumpre seu objetivo? Se sim, justifique.
2- Para quem a autora escreve?
3- Há relevância de conteúdo?
4- Visto que a sequência da informação e a função do texto foram verificadas acima, considere a apropriação do nível de formalidade.
g) Verifique os itens para a edição do texto:
g1- O texto faz sentido? Justifique.
g2- Ortografia:
g3- Pontuação: pontos, pontos de interrogação, vírgulas, pontos de exclamação, aspas
ou travessões.
g4- Parágrafos:
g5- Letras maiúsculas:
g6- Palavras excessivas:
g7- Se você fosse o(a) professor(a), que comentários faria?
Considere pontos fortes e carências:
h) Reescreva o texto, tentando respeitar ao máximo sua autora e seu estilo.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Relatório das Lições aplicadas do TP5
Escola Municipal Angelina Medrado
Profª tutora: Flávia Regina Santos Chaves
Relatório de Lições referentes ao TP5
Lagoa Dourada, 15 de agosto de 2011
Tema
Estilística, coesão, coerência e as relações lógicas nos textos
Este assunto é muito instigante e, em se tratando de coesão e coerência, é joia com preciosa e complexa em âmbito de ensino-aprendizagem. Exige trabalho árduo de lapidação. Em prol de uma escrita mais eficiente e voltada para os objetivos de produção textual, ser coerente não é tarefa fácil. O estudante tem que apresentar conhecimentos de muitos vieses da Língua Portuguesa. Em minhas salas de aula, deparei-me com obstáculos grandiosos a esse respeito, mas considero que trabalhar com temas como esse são, na verdade, chave para as portas de textos bem elaborados e que demandam mais raciocínio, preocupação para escrever e, sem dúvida, uma gama maior de leitura.
Perfis das turmas
As Lições de Casa referentes a esse relatório foram realizadas em turmas de 8º ano da Escola Municipal Angelina Medrado de Lagoa Dourada. As turmas, como é fato conhecido, são distintas, com focos diferentes de ver processo ensino-aprendizagem e participar dele. No caso das Lições do TP5 percebi que fizeram o que estava ao alcance deles, embora não tenham atingido os reais objetivos. São alunos na faixa dos 13 aos 16 anos, contudo nem os mais experientes conseguiram, com firmeza, bom aproveitamento do conteúdo.
Justificativa
É importante buscar a coerência em tudo que fazemos em nossa vida, sabendo que ser COERENTE é base para realizações bem sucedidas. Com isso, explorar a coerência, a coesão- grande auxiliar de coerência- são aspectos imprescindíveis para qualquer profissional de educação, voltando a atenção para os de Língua Portuguesa e Produção textual especialmente. E entender Estilística como o estilo que cada indivíduo tem ao escrever e de maneira consciente auxilia em muito a quem pretende escrever bem e a ter um planejamento da escrita com mais afinco e olhar cauteloso às produções que não exibem desconhecimento da língua e de sua gramática. No concernente ao estudo das relações lógicas, optei pelo trabalho com escopo (nas relações de negação), uma vez que minhas turmas necessitam de uma observação maior com uso das palavras e o reconhecimento de que uma troca de lugar de palavras ou expressões favorece uma nova ampliação do sentido e, consequente, uma interpretação de valor também diferente no produto final.
Objetivos gerais
Perceber a coerência nos textos, nas atividades lúdicas e fazer uso da mesma em qualquer situação, visando um melhor desenvolvimento.
Interpretar textos com estilos diferentes e distinguir estilo de desvio.
Reconhecer a importância da relação de negação para obter uma diversidade de sentidos que promovem a progressão textual.
Objetivos específicos
Estudar o gênero crônica e interpretar situações de estilo do senso comum na introdução de um tema que, na verdade, não será aprofundado com figuras de linguagem. Será, no máximo, utilizado para construir no estudante o critério de que para se escrever com estilo, ou desviando uma regra terá de conhecê-la a priori.
Interpretar o gênero poesia musicada por Tom Jobim para verificar com exatidão o que fora mencionado anteriormente.
Estabelecer diferenças de sentido na progressão textual com o uso da relação de negação.
Apreender conceitos que formam base como a coerência e coesão.
Resolver jogo de conhecimentos gramaticais, fazendo uso da coerência.
Ordenar texto fatiado a fim de perceber a relação coerente entre o assunto de um parágrafo e o próximo.
Textos e obras explorados
Crônica “Cada um é cada um” da Folha de S. Paulo, “Esporte”, 30/07/2002, D3 do TP5 pág. 15 com atividades ampliadas e adaptadas. (Anexo 1)
Poesia “Trem de Ferro” de Manuel Bandeira, musicada por Tom Jobim com atividades também ampliadas, págs. 18 a 22. (Anexo 2)
Aplicação do Avançando na prática da pág. 105, 4º parágrafo, com a aplicação de texto narrativo “Caso de secretária” de Carlos Drummond de Andrade a fim de visualizar a coerência. (Anexo 3)
Aplicação do Avançando na Prática da pág. 82 (5º item), com a montagem de um jogo para exploração de aspectos gramaticais. (Anexo 4)
Atividade 12 da Seção que se refere à mudança de escopo e suas implicações na interpretação variada de um trecho. (Anexo 5)
Metodologia
• Leitura Coletiva e individuais dos textos.
• Jogo de Gramática aplicado em grupos.
• Uso do Power Point para trabalho com o texto fatiado.
• Música aliada a texto “Trem de ferro” para melhor compreensão do estilo.
• Atividades de interpretação individuais e coletivas.
• Aulas expositivas e dialogadas.
Cronograma
A aplicação das Lições de Casa ocorreu no período de 10 horas/aula.
Avaliação
• Minha avaliação sobre esse processo foi formativa, entretanto com critérios avaliativos também no que tange a interpretação, observando através das atividades realizadas o que as classes puderam produzir com eficácia e autonomia.
Anexo 1
O trecho a seguir, retirado de um texto escrito por José Roberto Torero e publicado na coluna de esportes de um jornal, traduz a opinião bem-humorada do autor sobre os modos peculiares de cada radialista esportivo anunciar o mesmo gol em um jogo de futebol.
Cada um é cada um
Cada um é cada um, diz a sabedoria popular. E, ouvindo diferentes pessoas contarem o mesmo gol, chega-se à conclusão de que esta é uma verdade inquestionável, uma lei irrefutável.
Alguns falam rapidamente, outros são lentos, alguns têm um vocabulário rebuscado, outros inventam gírias, uns capricham nos erres, outros deslizam nos esses, uns são fanhos, outros são gagos etc... E cada um conta o gol que viu de um jeito particular, único. [...]
O narrador objetivo falaria:
“Aos 23 min do segundo tempo, Luís Fernando cruzou para Trindade, que, cabeceou a bola e fez 2 a 1.”
O econômico diria: “Luís. Cruzamento. Trindade. Cabeça. Bola. Redes. Gol.”
O interrogativo: “E não é que o Paysandu ganhou, mesmo depois de estar perdendo? Quando aconteceu a virada? No meio do segundo tempo, você acredita? Quem fez o cruzamento? O Luís Fernando. Para quem? Para o Trindade, sabe aquele que entrou no fim do primeiro tempo? E o que o Trindade fez? Cabeceou para o gol. Assim o Paysandu está no final contra o Cruzeiro e a dois jogos de disputar a Libertadores da América, não é demais?”. [...]
O matemático: “Aos 23 min e 12 s do tempo segundo, o atleta de número 6 fez um cruzamento parabólico a cinco passos da linha lateral, pondo o círculo na cabeça do atleta de camisa 16, sendo que este solucionou o problema desviando a esfera a 45º de sua posição referencial, fazendo-a alojar-se no canto baixo do delta, a 12 centímetros da mão esquerda do palmeirense de camisa número 1.”
O rabugento: “Depois de várias tentativas fracassadas, o Luís Fernando finalmente acertou um cruzamento, fazendo a bola, sabe Deus como, chegar à cabeça do Trindade, que, enfim, estava onde devia estar. Contando com a ajuda dos zagueiros palmeirenses, uns cabeças-de-bagre, ele subiu e desviou a bola sem muita força,
mas o goleiro, mal colocado, não conseguiu defender.” [...]
O mineiro: “Uê, gente, ses não viram, não? Foi assim, ó: O Luís Fernando deu uma bicanca, e a bola foi parar no meio do fuzuê, onde tava o Trindade. Aí o danado triscou de cabeça, assim meio de banda, e a bola foi parar lá dentro da rede.Nem que o goleiro fosse passarinho, ele pegava não.”
Ou seja, cada um é cada um, e cada gol é muitos.
Adaptado da Folha de S. Paulo, “Esporte”, 30/07/2002, D3.
Lendo melhor o texto:
a) O título “Cada um é cada um” faz parte, como diz Torero, da sabedoria popular. E é bem coloquial, não é mesmo? Você o considera adequado ao texto? Como defenderia sua opinião?
b) Crie um outro título para o mesmo texto, em que apareça a palavra estilo e que mantenha o sentido dado pelo colunista.
c) Na sua opinião, qual dos narradores envolve mais o ouvinte ao narrar o gol? Por quê?
d) No segundo parágrafo, Torero apresenta “estilos” de fala. E você, como classificaria seu “estilo” de fala? Você está satisfeito com ele ou gostaria que fosse diferente? Por quê?
Conhecimentos gramaticais:
a)Dê a função sintática dos termos que estão sublinhadas. Diferencie os sujeitos dos objetos diretos.
b)Faça a análise sintática das orações abaixo:
O atleta de número 6 fez um cruzamento parabólico.
O Paysandu ganhou.
Chega-se à conclusão.
O Luís Fernando acertou um cruzamento.
Há locuções de futebol?
c)Apresentação improvisada. Treine rapidamente com um parceiro e faça a teatralização dessas locuções. Demonstre as características bem marcantes de cada um.
d)Conjugar o verbo SER em todos os Modos e tempos.
-----------------------------------------------------------------------------
Anexo 2
Trem de ferro
(Tom Jobim e Manuel Bandeira)
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virgem Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Café com pão
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô..
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pato
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
Que vontade
De cantar!
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficia
Ôo...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Ôo...
Vou mimbora voou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Ôo...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
Leia o poema de Manuel Bandeira. Para responder às perguntas, leia-o novamente. Se
tiver o disco a que fizemos referência, permita que os alunos ouçam a música e comparem o efeito do texto nos dois modos de apresentação.
a) A leitura do poema lembra o ritmo de um trem em movimento. Em que versos o som das palavras mais se parece com o barulho do trem?
b) Pela sonoridade e pelo ritmo dos três primeiros versos do poema, sabemos que o trem de ferro já deu a partida, iniciando a viagem. O quarto verso, no entanto, é mais longo, e nele predomina o som dos ii: “Virge Maria que foi isso maquinista ?”. Que ruído do trem este verso procura imitar?
c) A terceira estrofe indica que o trem adquiriu maior velocidade. Que palavras desta estrofe têm a função de mostrar o aumento da velocidade?
d) Observe o verso “Corre, cerca”. Explique como a cerca, que é um elemento sem vida, pode correr.
e) Na quarta estrofe, há dois versos iniciados com a palavra “foge” e seis com a palavra “passa”. A repetição destes verbos e o significado deles indicam que velocidade para o trem no trecho em questão?
f) O ritmo do poema acompanha o ritmo do trem. Releia a quinta estrofe e verifique: a velocidade do trem é maior ou menor do que no restante do poema? Qual a causa da mudança?
g) Na quinta estrofe o trem está preso num canavial e cada pé de cana lhe parece um oficial, isto é, um soldado. Quais as semelhanças entre o pé de cana e o oficial que permitem a Manuel Bandeira fazer essa comparação?
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Anexo 3
Avançando na prática
Várias atividades podem propiciar o desenvolvimento de habilidades que permitam a construção da coerência textual. Em geral, atividades que liguem partes ao todo ou que contextualizem informações incompletas.
Como primeira sugestão, seria a tarefa de escrever diálogos – que você teria previamente apagado – em uma história em quadrinhos ou tirinha. Esses diálogos devem ser coerentes entre si e com o contexto mostrado nas figuras. Para isso, os alunos devem, antes de tudo, apreender o tema e o fio condutor da história.
Numa segunda sugestão, de nível de dificuldade intermediário, podemos propor que você separe os quadrinhos de uma história e solicite que os alunos, reunidos em pequenos grupos, a recomponham coerentemente. O grau de complexidade desse texto misto – verbal e não verbal – deverá acompanhar o nível de escolaridade dos alunos.
Uma versão mais complexa dessas atividades, adequada para alunos no final do ensino fundamental, seria fazer o recorte semelhante à proposta anterior em textos narrativos ou dissertativos. Recompor as informações buscando um fio condutor para a coerência leva os alunos a criar mundos textuais possíveis em leituras diversificadas.
Texto: Caso de secretária de Carlos Drummond de Andrade
CASO DE SECRETÁRIA
Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a minima alusão á data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a familia o tratava? Ele que vivia para seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!
Mas no escritório, havia flores á sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário , e entretanto o lembrava. Era mais do que uma auxiliar , atenta, experimentada e eficiente,´pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocochô : o carinho da secretária não curava , abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada?
Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.
Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditdo da correspondencia foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.
-O Senhor vai comemorar em casa ou numa boate?
Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é ma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí á noite , solitário, como o lobo da estepe.
- Se o senhor quisesse, podiamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.
E náo é que podia mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal lá de casa pouco tá ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora -era bem bonita.
Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório.Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário, ele principalmente.Conteve-se, no prazer ansioso da espera.
- Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.
- Se não se importa, vamos passar primeiro em meu apartamento. Preciso trocar de roupa.
Ótimo, pensou ele;- faz-se a inspeção prévia do terreno, e, quem sabe?
- Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.
Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço.
No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater- e o sorriso dele, dizendo isto, era uma promessa de felicidade.
Ele nem percebeu ao certo se estava arrumando ou se desarrumando, de tal modo os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro , sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária , esperavam-no cantando "Parabéns pra você".
------------------------------------------------------------------------------------
Anexo 4
Avançando na prática pág. 82
• Jogos de quebra-cabeças são um ótimo exercício de raciocínio para o desenvolvimento das habilidades de procurar as pistas que tornam uma imagem coerente.
• Você pode construir jogos, em diferentes níveis de dificuldade, recortando figuras de cartazes ou revistas. Quanto maiores as figuras e as peças, mais facilidade para a “montagem”.
• Para facilitar o manuseio, você poderá colar as figuras, primeiro, em papel
grosso ou cartolina.
• Essa atividade também pode ser desenvolvida pelos próprios alunos, que estarão, assim, percorrendo todo o processo de montar e desmontar imagens coerentes.
Uma outra alternativa é montar quebra-cabeças com palavras que formem orações, ou seja, estruturas linguísticas coerentes. Esta pode ser uma atividade aliada à fixação de aspectos gramaticais.
O importante é que o manuseio de “partes” para compor um todo coerente vai exercitando as práticas de leitura porque estimula a observação da relação parte-todo na procura de “pistas” de significação.
------------------------------------------------------------------------------------
Anexo 5
Avançando na prática pág. 204
Insira uma marca de negação em cada um dos lugares identificados por letras no seguinte período sintático, variando, se possível, as expressões usadas para negar. Negue uma informação de cada vez, reescrevendo o trecho oito vezes.
(a) Tente (b) desqualificar os órgãos (c) responsáveis pela (d) preservação do nosso patrimônio histórico, porque (e) sabemos que (f) há recursos suficientes para (g) restaurar (h) todas as construções históricas do país.
-----------------------------------------Abração, turminha!!!---------------------
Profª tutora: Flávia Regina Santos Chaves
Relatório de Lições referentes ao TP5
Lagoa Dourada, 15 de agosto de 2011
Tema
Estilística, coesão, coerência e as relações lógicas nos textos
Este assunto é muito instigante e, em se tratando de coesão e coerência, é joia com preciosa e complexa em âmbito de ensino-aprendizagem. Exige trabalho árduo de lapidação. Em prol de uma escrita mais eficiente e voltada para os objetivos de produção textual, ser coerente não é tarefa fácil. O estudante tem que apresentar conhecimentos de muitos vieses da Língua Portuguesa. Em minhas salas de aula, deparei-me com obstáculos grandiosos a esse respeito, mas considero que trabalhar com temas como esse são, na verdade, chave para as portas de textos bem elaborados e que demandam mais raciocínio, preocupação para escrever e, sem dúvida, uma gama maior de leitura.
Perfis das turmas
As Lições de Casa referentes a esse relatório foram realizadas em turmas de 8º ano da Escola Municipal Angelina Medrado de Lagoa Dourada. As turmas, como é fato conhecido, são distintas, com focos diferentes de ver processo ensino-aprendizagem e participar dele. No caso das Lições do TP5 percebi que fizeram o que estava ao alcance deles, embora não tenham atingido os reais objetivos. São alunos na faixa dos 13 aos 16 anos, contudo nem os mais experientes conseguiram, com firmeza, bom aproveitamento do conteúdo.
Justificativa
É importante buscar a coerência em tudo que fazemos em nossa vida, sabendo que ser COERENTE é base para realizações bem sucedidas. Com isso, explorar a coerência, a coesão- grande auxiliar de coerência- são aspectos imprescindíveis para qualquer profissional de educação, voltando a atenção para os de Língua Portuguesa e Produção textual especialmente. E entender Estilística como o estilo que cada indivíduo tem ao escrever e de maneira consciente auxilia em muito a quem pretende escrever bem e a ter um planejamento da escrita com mais afinco e olhar cauteloso às produções que não exibem desconhecimento da língua e de sua gramática. No concernente ao estudo das relações lógicas, optei pelo trabalho com escopo (nas relações de negação), uma vez que minhas turmas necessitam de uma observação maior com uso das palavras e o reconhecimento de que uma troca de lugar de palavras ou expressões favorece uma nova ampliação do sentido e, consequente, uma interpretação de valor também diferente no produto final.
Objetivos gerais
Perceber a coerência nos textos, nas atividades lúdicas e fazer uso da mesma em qualquer situação, visando um melhor desenvolvimento.
Interpretar textos com estilos diferentes e distinguir estilo de desvio.
Reconhecer a importância da relação de negação para obter uma diversidade de sentidos que promovem a progressão textual.
Objetivos específicos
Estudar o gênero crônica e interpretar situações de estilo do senso comum na introdução de um tema que, na verdade, não será aprofundado com figuras de linguagem. Será, no máximo, utilizado para construir no estudante o critério de que para se escrever com estilo, ou desviando uma regra terá de conhecê-la a priori.
Interpretar o gênero poesia musicada por Tom Jobim para verificar com exatidão o que fora mencionado anteriormente.
Estabelecer diferenças de sentido na progressão textual com o uso da relação de negação.
Apreender conceitos que formam base como a coerência e coesão.
Resolver jogo de conhecimentos gramaticais, fazendo uso da coerência.
Ordenar texto fatiado a fim de perceber a relação coerente entre o assunto de um parágrafo e o próximo.
Textos e obras explorados
Crônica “Cada um é cada um” da Folha de S. Paulo, “Esporte”, 30/07/2002, D3 do TP5 pág. 15 com atividades ampliadas e adaptadas. (Anexo 1)
Poesia “Trem de Ferro” de Manuel Bandeira, musicada por Tom Jobim com atividades também ampliadas, págs. 18 a 22. (Anexo 2)
Aplicação do Avançando na prática da pág. 105, 4º parágrafo, com a aplicação de texto narrativo “Caso de secretária” de Carlos Drummond de Andrade a fim de visualizar a coerência. (Anexo 3)
Aplicação do Avançando na Prática da pág. 82 (5º item), com a montagem de um jogo para exploração de aspectos gramaticais. (Anexo 4)
Atividade 12 da Seção que se refere à mudança de escopo e suas implicações na interpretação variada de um trecho. (Anexo 5)
Metodologia
• Leitura Coletiva e individuais dos textos.
• Jogo de Gramática aplicado em grupos.
• Uso do Power Point para trabalho com o texto fatiado.
• Música aliada a texto “Trem de ferro” para melhor compreensão do estilo.
• Atividades de interpretação individuais e coletivas.
• Aulas expositivas e dialogadas.
Cronograma
A aplicação das Lições de Casa ocorreu no período de 10 horas/aula.
Avaliação
• Minha avaliação sobre esse processo foi formativa, entretanto com critérios avaliativos também no que tange a interpretação, observando através das atividades realizadas o que as classes puderam produzir com eficácia e autonomia.
Anexo 1
O trecho a seguir, retirado de um texto escrito por José Roberto Torero e publicado na coluna de esportes de um jornal, traduz a opinião bem-humorada do autor sobre os modos peculiares de cada radialista esportivo anunciar o mesmo gol em um jogo de futebol.
Cada um é cada um
Cada um é cada um, diz a sabedoria popular. E, ouvindo diferentes pessoas contarem o mesmo gol, chega-se à conclusão de que esta é uma verdade inquestionável, uma lei irrefutável.
Alguns falam rapidamente, outros são lentos, alguns têm um vocabulário rebuscado, outros inventam gírias, uns capricham nos erres, outros deslizam nos esses, uns são fanhos, outros são gagos etc... E cada um conta o gol que viu de um jeito particular, único. [...]
O narrador objetivo falaria:
“Aos 23 min do segundo tempo, Luís Fernando cruzou para Trindade, que, cabeceou a bola e fez 2 a 1.”
O econômico diria: “Luís. Cruzamento. Trindade. Cabeça. Bola. Redes. Gol.”
O interrogativo: “E não é que o Paysandu ganhou, mesmo depois de estar perdendo? Quando aconteceu a virada? No meio do segundo tempo, você acredita? Quem fez o cruzamento? O Luís Fernando. Para quem? Para o Trindade, sabe aquele que entrou no fim do primeiro tempo? E o que o Trindade fez? Cabeceou para o gol. Assim o Paysandu está no final contra o Cruzeiro e a dois jogos de disputar a Libertadores da América, não é demais?”. [...]
O matemático: “Aos 23 min e 12 s do tempo segundo, o atleta de número 6 fez um cruzamento parabólico a cinco passos da linha lateral, pondo o círculo na cabeça do atleta de camisa 16, sendo que este solucionou o problema desviando a esfera a 45º de sua posição referencial, fazendo-a alojar-se no canto baixo do delta, a 12 centímetros da mão esquerda do palmeirense de camisa número 1.”
O rabugento: “Depois de várias tentativas fracassadas, o Luís Fernando finalmente acertou um cruzamento, fazendo a bola, sabe Deus como, chegar à cabeça do Trindade, que, enfim, estava onde devia estar. Contando com a ajuda dos zagueiros palmeirenses, uns cabeças-de-bagre, ele subiu e desviou a bola sem muita força,
mas o goleiro, mal colocado, não conseguiu defender.” [...]
O mineiro: “Uê, gente, ses não viram, não? Foi assim, ó: O Luís Fernando deu uma bicanca, e a bola foi parar no meio do fuzuê, onde tava o Trindade. Aí o danado triscou de cabeça, assim meio de banda, e a bola foi parar lá dentro da rede.Nem que o goleiro fosse passarinho, ele pegava não.”
Ou seja, cada um é cada um, e cada gol é muitos.
Adaptado da Folha de S. Paulo, “Esporte”, 30/07/2002, D3.
Lendo melhor o texto:
a) O título “Cada um é cada um” faz parte, como diz Torero, da sabedoria popular. E é bem coloquial, não é mesmo? Você o considera adequado ao texto? Como defenderia sua opinião?
b) Crie um outro título para o mesmo texto, em que apareça a palavra estilo e que mantenha o sentido dado pelo colunista.
c) Na sua opinião, qual dos narradores envolve mais o ouvinte ao narrar o gol? Por quê?
d) No segundo parágrafo, Torero apresenta “estilos” de fala. E você, como classificaria seu “estilo” de fala? Você está satisfeito com ele ou gostaria que fosse diferente? Por quê?
Conhecimentos gramaticais:
a)Dê a função sintática dos termos que estão sublinhadas. Diferencie os sujeitos dos objetos diretos.
b)Faça a análise sintática das orações abaixo:
O atleta de número 6 fez um cruzamento parabólico.
O Paysandu ganhou.
Chega-se à conclusão.
O Luís Fernando acertou um cruzamento.
Há locuções de futebol?
c)Apresentação improvisada. Treine rapidamente com um parceiro e faça a teatralização dessas locuções. Demonstre as características bem marcantes de cada um.
d)Conjugar o verbo SER em todos os Modos e tempos.
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Anexo 2
Trem de ferro
(Tom Jobim e Manuel Bandeira)
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virgem Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Café com pão
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô..
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pato
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
Que vontade
De cantar!
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficia
Ôo...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Ôo...
Vou mimbora voou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Ôo...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
Leia o poema de Manuel Bandeira. Para responder às perguntas, leia-o novamente. Se
tiver o disco a que fizemos referência, permita que os alunos ouçam a música e comparem o efeito do texto nos dois modos de apresentação.
a) A leitura do poema lembra o ritmo de um trem em movimento. Em que versos o som das palavras mais se parece com o barulho do trem?
b) Pela sonoridade e pelo ritmo dos três primeiros versos do poema, sabemos que o trem de ferro já deu a partida, iniciando a viagem. O quarto verso, no entanto, é mais longo, e nele predomina o som dos ii: “Virge Maria que foi isso maquinista ?”. Que ruído do trem este verso procura imitar?
c) A terceira estrofe indica que o trem adquiriu maior velocidade. Que palavras desta estrofe têm a função de mostrar o aumento da velocidade?
d) Observe o verso “Corre, cerca”. Explique como a cerca, que é um elemento sem vida, pode correr.
e) Na quarta estrofe, há dois versos iniciados com a palavra “foge” e seis com a palavra “passa”. A repetição destes verbos e o significado deles indicam que velocidade para o trem no trecho em questão?
f) O ritmo do poema acompanha o ritmo do trem. Releia a quinta estrofe e verifique: a velocidade do trem é maior ou menor do que no restante do poema? Qual a causa da mudança?
g) Na quinta estrofe o trem está preso num canavial e cada pé de cana lhe parece um oficial, isto é, um soldado. Quais as semelhanças entre o pé de cana e o oficial que permitem a Manuel Bandeira fazer essa comparação?
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Anexo 3
Avançando na prática
Várias atividades podem propiciar o desenvolvimento de habilidades que permitam a construção da coerência textual. Em geral, atividades que liguem partes ao todo ou que contextualizem informações incompletas.
Como primeira sugestão, seria a tarefa de escrever diálogos – que você teria previamente apagado – em uma história em quadrinhos ou tirinha. Esses diálogos devem ser coerentes entre si e com o contexto mostrado nas figuras. Para isso, os alunos devem, antes de tudo, apreender o tema e o fio condutor da história.
Numa segunda sugestão, de nível de dificuldade intermediário, podemos propor que você separe os quadrinhos de uma história e solicite que os alunos, reunidos em pequenos grupos, a recomponham coerentemente. O grau de complexidade desse texto misto – verbal e não verbal – deverá acompanhar o nível de escolaridade dos alunos.
Uma versão mais complexa dessas atividades, adequada para alunos no final do ensino fundamental, seria fazer o recorte semelhante à proposta anterior em textos narrativos ou dissertativos. Recompor as informações buscando um fio condutor para a coerência leva os alunos a criar mundos textuais possíveis em leituras diversificadas.
Texto: Caso de secretária de Carlos Drummond de Andrade
CASO DE SECRETÁRIA
Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a minima alusão á data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a familia o tratava? Ele que vivia para seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!
Mas no escritório, havia flores á sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário , e entretanto o lembrava. Era mais do que uma auxiliar , atenta, experimentada e eficiente,´pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocochô : o carinho da secretária não curava , abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada?
Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.
Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditdo da correspondencia foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.
-O Senhor vai comemorar em casa ou numa boate?
Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é ma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí á noite , solitário, como o lobo da estepe.
- Se o senhor quisesse, podiamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.
E náo é que podia mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal lá de casa pouco tá ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora -era bem bonita.
Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório.Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário, ele principalmente.Conteve-se, no prazer ansioso da espera.
- Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.
- Se não se importa, vamos passar primeiro em meu apartamento. Preciso trocar de roupa.
Ótimo, pensou ele;- faz-se a inspeção prévia do terreno, e, quem sabe?
- Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.
Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço.
No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater- e o sorriso dele, dizendo isto, era uma promessa de felicidade.
Ele nem percebeu ao certo se estava arrumando ou se desarrumando, de tal modo os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro , sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária , esperavam-no cantando "Parabéns pra você".
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Anexo 4
Avançando na prática pág. 82
• Jogos de quebra-cabeças são um ótimo exercício de raciocínio para o desenvolvimento das habilidades de procurar as pistas que tornam uma imagem coerente.
• Você pode construir jogos, em diferentes níveis de dificuldade, recortando figuras de cartazes ou revistas. Quanto maiores as figuras e as peças, mais facilidade para a “montagem”.
• Para facilitar o manuseio, você poderá colar as figuras, primeiro, em papel
grosso ou cartolina.
• Essa atividade também pode ser desenvolvida pelos próprios alunos, que estarão, assim, percorrendo todo o processo de montar e desmontar imagens coerentes.
Uma outra alternativa é montar quebra-cabeças com palavras que formem orações, ou seja, estruturas linguísticas coerentes. Esta pode ser uma atividade aliada à fixação de aspectos gramaticais.
O importante é que o manuseio de “partes” para compor um todo coerente vai exercitando as práticas de leitura porque estimula a observação da relação parte-todo na procura de “pistas” de significação.
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Anexo 5
Avançando na prática pág. 204
Insira uma marca de negação em cada um dos lugares identificados por letras no seguinte período sintático, variando, se possível, as expressões usadas para negar. Negue uma informação de cada vez, reescrevendo o trecho oito vezes.
(a) Tente (b) desqualificar os órgãos (c) responsáveis pela (d) preservação do nosso patrimônio histórico, porque (e) sabemos que (f) há recursos suficientes para (g) restaurar (h) todas as construções históricas do país.
-----------------------------------------Abração, turminha!!!---------------------
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Coerência e Coesão Textual /Junto & Misturado
ANÁLISE DA COERÊNCIA E COESÃO-TP5
Coerência: um texto é coerente quando apresenta uma continuidade semântica e quando todos os enunciados produzidos pertencem à mesma unidade comunicativa.
A Coerência depende, antes de mais nada, das relações de sentido que se estabelecem, de forma explícita, entre as palavras. Essas relações devem obedecer a três princípios: o princípio da relevância, o princípio da não contradição e o princípio da não redundância.
As relações de sentido que se estabelecem, quer a nível explícito quer a nível implícito, constituem a coerência lógico-conceitual. Ex: A revista francesa de banda desenhada “À Suivre” publicou a primeira parte de uma história sobre Saint – Exupéry.
O autor de “O Principezinho” morreu no dia 31 de Junho de 1944. (A ligação entre os dois parágrafos só se estabelece se soubermos que Saint- Exupéry foi um escritor francês, autor, precisamente, de “O Principezinho”. Esta informação não é dada no texto: está implícita.
Captar as informações implícitas é, portanto, fundamental para apreendermos a coerência do texto.
Fundamental para a coerência do texto é, também, a pontuação.
Um texto mal pontuado é difícil de perceber ou torna-se mesmo incompreensível.
O universo textual é determinado por uma continuidade de sentido, isto é, uma expressão linguística pode ter vários significados, mas um texto tem apenas um sentido. É esta continuidade de sentido que constitui a base para a coerência.
Coesão é o modo como os componentes superficiais do texto (palavras/frases) se encontram ligados entre si.
A Coesão é um mecanismo linguístico que consiste na retomada, no interior do texto, de elementos, contribuindo deste modo para a sua unidade.
Há vários mecanismos de coesão: a substituição lexical, a repetição, a pronominalização, a definitivização , a articulação interfrásica, o tempo verbal, a anáfora, a catáfora e a elipse.
A substituição lexical consiste na substituição de uma palavra por um termo equivalente (funciona como um sinônimo). Ex: De súbito, começa a gritar e a correr, pondo em pânico as galinhas. Cacarejando, a bicharia foge, sacudindo as asas.
A repetição consiste na retoma de palavras já existentes no texto.Ex.: O texto da Ativ. 3, pág. 123/TP5.
A pronominalização ocorre quando um nome pode ser representado por um pronome. Ex: Estendeu a mão e afagou o lombo do cão. Também este escapara.
A definitivização consegue-se na recuperação de informação graças ao artigo definido. Ex: Um camionista surpreendeu um meliante a tentar abrir a janela de um camião. (...) O camionista, de nacionalidade espanhola, conseguiu deter o indivíduo.
A coesão interfrásica refere-se às palavras (conjunções, locuções conjuntivas, advérbios, locuções adverbiais) que servem para ligar frases entre si.
O tempo verbal contribui também para a coesão textual.
O imperfeito do indicativo situa os factos num plano mais afastado e assinala uma situação que se prolonga no tempo.
O pretérito perfeito como que circunscreve um momento.
O presente do indicativo aproxima a situação referida do leitor.
Tipos de Coesão
Coesão Referencial e Sequencial
Coesão Referencial é um processo que permite ao leitor e/ou produtor do texto fazer uso de marcas linguísticas que recuperam ideias já referidas no mundo textual. (O uso dos pronomes é o mais comum.)
Coesão Sequencial permite a retomada e a progressão no texto: retoma e progride, volta ao texto e vai adiante. (Conjunções, advérbios, tempos verbais...Todos trazem já uma carga semântica.)
A anáfora consiste numa retoma do referente de palavras anteriormente inseridas no texto (um elemento introduzido no texto remete para um antecedente). Ex: Traumatizado, o João ficou em casa com os amigos. Ele nem a rua queria atravessar.
A catáfora é um mecanismo inverso do que se verifica na anáfora (há como que uma antecipação da informação introduzida no texto, posteriormente). Ex: Tudo nele, os gestos e o modo de falar, é uma imitação mal pronta dos homens que ouviu quando novo.
A elipse consiste no apagamento de um elemento recuperável pelo contexto. Ex:
Queres ir comigo ao cinema?
Sim, claro (elisão de: quero ir ao cinema)
Sim , quero, mas não posso (elipse: ir ao cinema)
Os marcadores de coesão textual constituem um dos meios privilegiados para ordenar, hierarquizar, ligar, tornar mais fluido o movimento construtor do discurso.
São expressões como (além disso, então, mais ainda, repare, finalmente) que balizam o discurso, que orientam na interpretação, salientando, retomando, explicando determinados conteúdos ou apelando para a atenção do interlocutor para que o contacto não se perca.
Há conectores discursivos situados no plano diretamente nocional(Coesão Sequencial):
Com pendor argumentativo (mas, repara, por exemplo, além disso, portanto, de facto)
Com valor aditivo (mais, mais ainda, e também, além disso, ainda por cima)
Com valor contra-argumentativo ou oposição(antes pelo contrário, não obstante, mesmo assim, apesar de tudo, em qualquer caso, isto não obsta a que, mas, sem embargo)
Com incidência no valor causal (por conseguinte, assim pois, daí que, pois, então, porque, de maneira que)
Na organização temporal do discurso (antes de tudo, antes de mais, para começar, num primeiro momento, em seguida, depois, por outro lado, mais tarde, finalmente, por fim)
Na organização da informação textual (e depois, depois então)
A reformulação que representa o esforço de adequação e de garantia da continuidade discursiva, explicação ou correção (ou seja, melhor dito, quer dizer, por outras palavras, isto é, mais concretamente)
A estrutura do texto argumentativo tem marcadores específicos:
A ordenação dos argumentos (em primeiro lugar, em segundo lugar, por último, finalmente)
A conexão entre os argumentos (já que, assim, posto que, considerando que, de modo que, de tal modo que, por conseguinte, em conclusão).
ABRAÇOS, TURMINHA!!!
ATÉ MAIS!!!
TP6- LÍNGUA PORTUGUESA /GESTAR II
Unidades 22, 23 e 24 Tp6
O texto com foco para:
Planejamento da escrita, revisão e edição e literatura para adolescentes
UNIDADE 22: PRODUÇÃO TEXTUAL - PLANEJAMENTO E ESCRITA
O planejamento
O processo de produção textual é composto por quatro etapas principais: planejamento, escrita, revisão e edição. Essas estratégias se alternam e podem ser utilizadas separadamente e alternadamente durante a produção. O planejamento vai transformando um texto à medida que lemos e relemos, ou seja, revisamos o texto que estamos produzindo.
A língua escrita é utilizada com algumas funções básicas.
São elas:
a) Expressiva: é utilizada para a expressão individual, centrada no eu. Como é o caso em diários, depoimentos, cartas, bilhetes, artigos, poemas.
b) Apelativa: é centrada no leitor e tem por objetivo influenciar o comportamento de quem lê.
c) Metalinguística: quando a linguagem se refere a si mesma, se constituindo objeto de descrição e explicação.
d) Poética: ao focar no texto as suas possibilidades expressivas, o autor visa a elaborar no leitor uma experiência estética.
e) Referencial: utilizada para descrever, conceituar, informar.
Estratégias
Por muito tempo utilizávamos uma pesquisa relacionada a uma produção textual já produzida, para em seguida fazermos uma nova produção sempre nos baseando no texto anterior, mas hoje abraçamos uma nova análise das condições de produção textual, especificamente não há regras e sim alternativas que podem ajudar o escritor a criar, planejar (requer estabelecimento de objetivos), escrever e revisar seus textos.
A escrita
A produção de texto em seu objetivo de produzir textos constitui uma relação harmônica entre oralidade, leitura e escrita, todas etapas se interligam, porém é interessante que ensinemos a nossos alunos fazerem uso destes mecanismos para chegarmos a excelência das produções textuais. Rascunho é processo e é indispensável.
Sabendo-se da importância da escrita na vida cotidiana é preciso estimular o gosto por esta prática e uma atividade crucial durante a escrita é a possibilidade de desenvolver um monitoramento do que se escreveu não como forma de apontar erros e acertos, mas sim de contribuir para uma melhor formação de leitores e escritores.
Unidade 23
Revisão e edição
Revisão de textos
Ao elaborarmos um texto percorremos algumas etapas, tais como: planejar, escrever, revisar e editar. Na revisão o escritor faz uma atenta leitura do que foi produzido, relacionando o resultado esperado com o obtido, e nessa etapa que o autor-escritor vai se distanciando da obra e reaproxima-se novamente na condição de leitor, para assim decidir se o texto produzido pode ser lido e compreendido por outros.
Os parâmetros da revisão são variáveis e dependem do tipo de competência que objetiva ser trabalhado.
Releia e altere os elementos e trechos necessários para tornar seu texto mais claro, a
partir da lista de itens que trabalhamos nas unidades anteriores, adicionando o objetivo:
1- O texto cumpre seu objetivo(Lembrar os 6)?
2- Consciência da audiência;
3- Relevância do conteúdo, pontuação e ortografia;
4- Sequenciação da informação(Coerência e coesão);
5- Nível de formalidade;
6- Função da comunicação(Funções de linguagem);
7- Convenção (formato do documento- Gênero)
ESTRATÉGIAS
1- Muitas vezes, os professores usam códigos complexos inacessíveis aos alunos
mais jovens ou mesmo àqueles que adquiriram aversão a quaisquer processos de avaliação mantendo um MONÓLOGO.
Os códigos criados, geralmente, enchem o texto de abreviações que o aluno não consegue entender. E, COM ISSO, A REVISÃO TORNA-SE UM PROCESSO SEM VALIDADE.
Diretrizes discentes para facilitar revisão de textos de alunos de 10 a 14 anos:
a) as pessoas não vão entender por que isto é importante;
b) as pessoas podem não acreditar nisso;
c) as pessoas não vão se interessar muito por esta parte;
d) eu acho que poderia dizer isto de forma mais clara;
e) as pessoas vão se interessar por esta parte;
f) isto está bom;
g) esta é uma frase útil;
h) estou fugindo do assunto principal;
i) até mesmo eu estou confuso com o que quero dizer;
j) isto não soa bem.
OU...
a) vou deixar assim mesmo;
b) vou dar um exemplo;
c) vou tirar essa parte do texto;
d) vou escrever esta parte de uma outra forma;
e) vou dizer mais coisas sobre isso;
f) vou escrever com outras palavras.
g)vou pedir meu colega para ler o texto ( distanciamento)
Chave de correção
Lista de verificação para editoria
Autor:
Título:
Data de início: Data de término:
Editor: Colega editor:
O texto faz sentido?
Ortografia:
Pontuação:
Pontos, pontos de interrogação, vírgulas, pontos de exclamação, aspas ou travessões.
Parágrafos:
Letras maiúsculas:
Palavras excessivas:
Comentário do professor:
Pontos fortes: Carências:
[...] O ponto mais importante é fazer com que as crianças percebam que a edição envolve mais que a correção de erros.
As listas devem mudar à medida que as crianças também se modificam e, uma vez que existe uma imensa variedade de capacidades dentro de uma sala de aula, faz sentido confeccionar vários tipos diferentes de listas de verificação, cada uma representando diferentes níveis de sofisticação.
Unidade 24- Literatura para adolescentes
Dizer que nossos adolescentes não leem é um exagero, o que acontece é que eles se apossam de uma literatura diferente da que a projetamos para eles, percebemos também a influência que essas leituras têm na vida deles, refletidas em sua forma de ser e agir no mundo e quanto os pais são capazes de voltar sua atenção a essa questão há uma grande contribuição na formação deste adolescente leitor.
Revista Língua Portuguesa- ano 5. nº 64. fevereiro de 2011 (Trabalho coletivo)
O texto com foco para:
Planejamento da escrita, revisão e edição e literatura para adolescentes
UNIDADE 22: PRODUÇÃO TEXTUAL - PLANEJAMENTO E ESCRITA
O planejamento
O processo de produção textual é composto por quatro etapas principais: planejamento, escrita, revisão e edição. Essas estratégias se alternam e podem ser utilizadas separadamente e alternadamente durante a produção. O planejamento vai transformando um texto à medida que lemos e relemos, ou seja, revisamos o texto que estamos produzindo.
A língua escrita é utilizada com algumas funções básicas.
São elas:
a) Expressiva: é utilizada para a expressão individual, centrada no eu. Como é o caso em diários, depoimentos, cartas, bilhetes, artigos, poemas.
b) Apelativa: é centrada no leitor e tem por objetivo influenciar o comportamento de quem lê.
c) Metalinguística: quando a linguagem se refere a si mesma, se constituindo objeto de descrição e explicação.
d) Poética: ao focar no texto as suas possibilidades expressivas, o autor visa a elaborar no leitor uma experiência estética.
e) Referencial: utilizada para descrever, conceituar, informar.
Estratégias
Por muito tempo utilizávamos uma pesquisa relacionada a uma produção textual já produzida, para em seguida fazermos uma nova produção sempre nos baseando no texto anterior, mas hoje abraçamos uma nova análise das condições de produção textual, especificamente não há regras e sim alternativas que podem ajudar o escritor a criar, planejar (requer estabelecimento de objetivos), escrever e revisar seus textos.
A escrita
A produção de texto em seu objetivo de produzir textos constitui uma relação harmônica entre oralidade, leitura e escrita, todas etapas se interligam, porém é interessante que ensinemos a nossos alunos fazerem uso destes mecanismos para chegarmos a excelência das produções textuais. Rascunho é processo e é indispensável.
Sabendo-se da importância da escrita na vida cotidiana é preciso estimular o gosto por esta prática e uma atividade crucial durante a escrita é a possibilidade de desenvolver um monitoramento do que se escreveu não como forma de apontar erros e acertos, mas sim de contribuir para uma melhor formação de leitores e escritores.
Unidade 23
Revisão e edição
Revisão de textos
Ao elaborarmos um texto percorremos algumas etapas, tais como: planejar, escrever, revisar e editar. Na revisão o escritor faz uma atenta leitura do que foi produzido, relacionando o resultado esperado com o obtido, e nessa etapa que o autor-escritor vai se distanciando da obra e reaproxima-se novamente na condição de leitor, para assim decidir se o texto produzido pode ser lido e compreendido por outros.
Os parâmetros da revisão são variáveis e dependem do tipo de competência que objetiva ser trabalhado.
Releia e altere os elementos e trechos necessários para tornar seu texto mais claro, a
partir da lista de itens que trabalhamos nas unidades anteriores, adicionando o objetivo:
1- O texto cumpre seu objetivo(Lembrar os 6)?
2- Consciência da audiência;
3- Relevância do conteúdo, pontuação e ortografia;
4- Sequenciação da informação(Coerência e coesão);
5- Nível de formalidade;
6- Função da comunicação(Funções de linguagem);
7- Convenção (formato do documento- Gênero)
ESTRATÉGIAS
1- Muitas vezes, os professores usam códigos complexos inacessíveis aos alunos
mais jovens ou mesmo àqueles que adquiriram aversão a quaisquer processos de avaliação mantendo um MONÓLOGO.
Os códigos criados, geralmente, enchem o texto de abreviações que o aluno não consegue entender. E, COM ISSO, A REVISÃO TORNA-SE UM PROCESSO SEM VALIDADE.
Diretrizes discentes para facilitar revisão de textos de alunos de 10 a 14 anos:
a) as pessoas não vão entender por que isto é importante;
b) as pessoas podem não acreditar nisso;
c) as pessoas não vão se interessar muito por esta parte;
d) eu acho que poderia dizer isto de forma mais clara;
e) as pessoas vão se interessar por esta parte;
f) isto está bom;
g) esta é uma frase útil;
h) estou fugindo do assunto principal;
i) até mesmo eu estou confuso com o que quero dizer;
j) isto não soa bem.
OU...
a) vou deixar assim mesmo;
b) vou dar um exemplo;
c) vou tirar essa parte do texto;
d) vou escrever esta parte de uma outra forma;
e) vou dizer mais coisas sobre isso;
f) vou escrever com outras palavras.
g)vou pedir meu colega para ler o texto ( distanciamento)
Chave de correção
Lista de verificação para editoria
Autor:
Título:
Data de início: Data de término:
Editor: Colega editor:
O texto faz sentido?
Ortografia:
Pontuação:
Pontos, pontos de interrogação, vírgulas, pontos de exclamação, aspas ou travessões.
Parágrafos:
Letras maiúsculas:
Palavras excessivas:
Comentário do professor:
Pontos fortes: Carências:
[...] O ponto mais importante é fazer com que as crianças percebam que a edição envolve mais que a correção de erros.
As listas devem mudar à medida que as crianças também se modificam e, uma vez que existe uma imensa variedade de capacidades dentro de uma sala de aula, faz sentido confeccionar vários tipos diferentes de listas de verificação, cada uma representando diferentes níveis de sofisticação.
Unidade 24- Literatura para adolescentes
Dizer que nossos adolescentes não leem é um exagero, o que acontece é que eles se apossam de uma literatura diferente da que a projetamos para eles, percebemos também a influência que essas leituras têm na vida deles, refletidas em sua forma de ser e agir no mundo e quanto os pais são capazes de voltar sua atenção a essa questão há uma grande contribuição na formação deste adolescente leitor.
Revista Língua Portuguesa- ano 5. nº 64. fevereiro de 2011 (Trabalho coletivo)
Tp6- Análise de "Diário de uma paixão"/Argumentação & Prática de escrita
Filme "Diário de uma paixão" e estudo das Unidades finais do caderno TP6
Processo de Argumentação:Convencimento ou persuasão?
Por trás de uma aparentemente simplória história de amor, há a defesa metalinguística de um gênero muito importante: a narrativa ficcional.
PERSUASÃO
Deitar na rua a observar o céu,o semáforo.
Allie na roda gigante, aceitando sair com Noah.
Allie decide o que é mais importante junto com os pais.
Noah lê poesias para melhorar sua leitura.
A mãe de Allie que não se casou com seu verdadeiro amor.
A ida ao casarão antes da reforma e a tentativa de fazer amor naquele momento.
Em todas as brigas,Allie dizia que o odiava e o mandava ir embora.
Noah dizer que Allie era um pássaro.
Quando Allie aceita se casar, está persuadida,pois vê o rosto de Noah no noivo.
CONVENCIMENTO
Quando a moça começa o namoro com Noah, mesmo sabendo de suas condições tão distintas das dela.
Ao perceber que pode dançar sem música e se entrega à dança.
Noah faz uso desse recurso argumentativo desde o início,assim que conhece sua amada.
ARGUMENTAÇÃO POR EXEMPLO
O filme é praticamente todo embasado em argumentos por exemplificação.
Assim:
A mãe de Allie diz,para tentar convencer a filha, que ela irá morar na casa do pai de Noah e parir filhos sujinhos.
O próprio livro escrito por Allie,depois que se reconhece como protagonista desse romance, remete à exemplificação(Fica convencida ,pois já teve aquele exemplo em sua vida).
A mãe da garota, quando mostra o operário que fora seu grande amor, argumenta pela exemplificação.
ARGUMENTOS DE AUTORIDADE
Toda a leitura de Noah baseia-se em Walt Whitman,em sua poesia. Após passar o período em que tinha de melhorar sua leitura, Noah lê Whitman por prazer e é o que ele faz até o fim de sua vida. O personagem também cita esse autor para sua amada.
A leitura que Noah faz daquela espécie de diário acaba por se tornar uma fonte de argumento de autoridade, pois a história é muito real para Allie e a convence tanto que é a única forma de ela voltar para a realidade.
O poder da palavra, da argumentação
A mãe de Allie sabia muito bem desse poder, caso contrário não esconderia as cartas.
A ausência da palavra e da argumentação também fez Allie se afastar de Noah e quase se casar com o que foi seu noivo. É o poder o silêncio.
Como construir argumentos?
TESE seguida de CAUSA e CONSEQUÊNCIA
Cena em que a mãe mostra à filha o operário por quem se apaixonou e devolve as cartas à filha. No final, ela espera que Allie faça a melhor escolha. Ou seja, tem-se a tese, o fato.Busca-se causas e consequências para convencer a si e ao mundo que fez a melhor escolha.
Planejamento da escrita
Houve um distanciamento real entre autor e leitor ou ouvinte. Prova disso é o total envolvimento de Allie como ouvinte numa história que pensa ser tão bonita e ser de outra pessoa, sendo ela mesma a autora. Isso demonstra que houve um requisito básico: a revisão.
Literatura para adolescentes
Atualmente, dá-se muito crédito a filmes que têm um livro como base. Este filme tem como pano de fundo o livro “The notebook”.Temos como exemplo o sucesso dos filmes de vampiros, todos com livros lançados anteriormente.
Processo de Argumentação:Convencimento ou persuasão?
Por trás de uma aparentemente simplória história de amor, há a defesa metalinguística de um gênero muito importante: a narrativa ficcional.
PERSUASÃO
Deitar na rua a observar o céu,o semáforo.
Allie na roda gigante, aceitando sair com Noah.
Allie decide o que é mais importante junto com os pais.
Noah lê poesias para melhorar sua leitura.
A mãe de Allie que não se casou com seu verdadeiro amor.
A ida ao casarão antes da reforma e a tentativa de fazer amor naquele momento.
Em todas as brigas,Allie dizia que o odiava e o mandava ir embora.
Noah dizer que Allie era um pássaro.
Quando Allie aceita se casar, está persuadida,pois vê o rosto de Noah no noivo.
CONVENCIMENTO
Quando a moça começa o namoro com Noah, mesmo sabendo de suas condições tão distintas das dela.
Ao perceber que pode dançar sem música e se entrega à dança.
Noah faz uso desse recurso argumentativo desde o início,assim que conhece sua amada.
ARGUMENTAÇÃO POR EXEMPLO
O filme é praticamente todo embasado em argumentos por exemplificação.
Assim:
A mãe de Allie diz,para tentar convencer a filha, que ela irá morar na casa do pai de Noah e parir filhos sujinhos.
O próprio livro escrito por Allie,depois que se reconhece como protagonista desse romance, remete à exemplificação(Fica convencida ,pois já teve aquele exemplo em sua vida).
A mãe da garota, quando mostra o operário que fora seu grande amor, argumenta pela exemplificação.
ARGUMENTOS DE AUTORIDADE
Toda a leitura de Noah baseia-se em Walt Whitman,em sua poesia. Após passar o período em que tinha de melhorar sua leitura, Noah lê Whitman por prazer e é o que ele faz até o fim de sua vida. O personagem também cita esse autor para sua amada.
A leitura que Noah faz daquela espécie de diário acaba por se tornar uma fonte de argumento de autoridade, pois a história é muito real para Allie e a convence tanto que é a única forma de ela voltar para a realidade.
O poder da palavra, da argumentação
A mãe de Allie sabia muito bem desse poder, caso contrário não esconderia as cartas.
A ausência da palavra e da argumentação também fez Allie se afastar de Noah e quase se casar com o que foi seu noivo. É o poder o silêncio.
Como construir argumentos?
TESE seguida de CAUSA e CONSEQUÊNCIA
Cena em que a mãe mostra à filha o operário por quem se apaixonou e devolve as cartas à filha. No final, ela espera que Allie faça a melhor escolha. Ou seja, tem-se a tese, o fato.Busca-se causas e consequências para convencer a si e ao mundo que fez a melhor escolha.
Planejamento da escrita
Houve um distanciamento real entre autor e leitor ou ouvinte. Prova disso é o total envolvimento de Allie como ouvinte numa história que pensa ser tão bonita e ser de outra pessoa, sendo ela mesma a autora. Isso demonstra que houve um requisito básico: a revisão.
Literatura para adolescentes
Atualmente, dá-se muito crédito a filmes que têm um livro como base. Este filme tem como pano de fundo o livro “The notebook”.Temos como exemplo o sucesso dos filmes de vampiros, todos com livros lançados anteriormente.
Assistindo ao filme "O som do coração"
Avaliação de filme, segundo critérios observados no Gestar II
ESTUDO DE FILME- LÍNGUA PORTUGUESA – 8º ANO
ALUNO:_____________________________________DATA:______________ Professora:______________________________________ BOA PROVA !
O SOM DO CORAÇÃO
SINOPSE:Evan(Freddie Highmore), garoto criado em um orfanato, possui um dom musical impressionante. Ele é o fruto do encontro apaixonado da violoncelista Lyla (Keri Russel) e do roqueiro Louis(Jonathan Rhys Meyers), que foram tragicamente separados pelo pai de Lyla. Cada um seguiu seu caminho, sem saber que Evan estava vivo, e com a única certeza de que haviam sido feitos um para o outro. Evan, em seu coração, nunca perdeu a esperança de encontrar seus pais. Em sua incrível busca, ele foge para Nova York, onde recebe a ajuda do "Mago"(Robin Williams), um empresário de rua. Uma história comovente, sobre a magia da música e o poder do amor.
1-RESPONDA : Use o máximo de argumentos que conseguir!
1-Em matéria de sentimentos, de que se trata o filme?
2-O som do coração pode ser considerado um “filmaço”, mas em que pontos ele pode ser considerado falho?
3-Que lições de vida podem ser tiradas dele, embasadas numa vida mais responsável?
4-O que a música representa neste filme? Teça comentários.
5-Que fatos podem comprovar que o Senhor Deus está presente em todos os momentos e personagens do filme?
6-Qual é a função do pai de Lyla neste contexto?
2-Dê a função sintática dos termos destacados nas orações abaixo:
a-August Rush* cresce num orfanato e é dotado de um dom musical impressionante.
b-Ora se apresenta nas ruas de New York* , ora no Colégio Julians.
c-Conta apenas com seu talento musical* , pois toca com o coração.
d-August decide usar esse dom* para encontrar seu pais , logo será bem sucedido*.
e-Um guitarrista e uma violoncelista* se encontram, casualmente se apaixonam,o destino deles já está marcado.
f-O garoto não faz música* pelo dinheiro nem faz pela fama.
1-______________________
2-______________________
3-______________________
4-______________________
5-______________________
6-______________________
7-______________________
3-Qual é o gênero apresentado nessa avaliação?_______________
4-Que objetivo comunicativo possui?_______________________
5-Qual é o suporte desse gênero textual?___________________
6-Faça a análise sintática da oração abaixo:
A violoncelista Lyla e o roqueiro Louis gostam da música.
7-Faça uma CAUSA e uma CONSEQUÊNCIA para o fato abaixo. Seja criativo, ok? Faça uso de seu processo argumentativo.
Evan foi um garoto criado em um orfanato.
ESTUDO DE FILME- LÍNGUA PORTUGUESA – 8º ANO
ALUNO:_____________________________________DATA:______________ Professora:______________________________________ BOA PROVA !
O SOM DO CORAÇÃO
SINOPSE:Evan(Freddie Highmore), garoto criado em um orfanato, possui um dom musical impressionante. Ele é o fruto do encontro apaixonado da violoncelista Lyla (Keri Russel) e do roqueiro Louis(Jonathan Rhys Meyers), que foram tragicamente separados pelo pai de Lyla. Cada um seguiu seu caminho, sem saber que Evan estava vivo, e com a única certeza de que haviam sido feitos um para o outro. Evan, em seu coração, nunca perdeu a esperança de encontrar seus pais. Em sua incrível busca, ele foge para Nova York, onde recebe a ajuda do "Mago"(Robin Williams), um empresário de rua. Uma história comovente, sobre a magia da música e o poder do amor.
1-RESPONDA : Use o máximo de argumentos que conseguir!
1-Em matéria de sentimentos, de que se trata o filme?
2-O som do coração pode ser considerado um “filmaço”, mas em que pontos ele pode ser considerado falho?
3-Que lições de vida podem ser tiradas dele, embasadas numa vida mais responsável?
4-O que a música representa neste filme? Teça comentários.
5-Que fatos podem comprovar que o Senhor Deus está presente em todos os momentos e personagens do filme?
6-Qual é a função do pai de Lyla neste contexto?
2-Dê a função sintática dos termos destacados nas orações abaixo:
a-August Rush* cresce num orfanato e é dotado de um dom musical impressionante.
b-Ora se apresenta nas ruas de New York* , ora no Colégio Julians.
c-Conta apenas com seu talento musical* , pois toca com o coração.
d-August decide usar esse dom* para encontrar seu pais , logo será bem sucedido*.
e-Um guitarrista e uma violoncelista* se encontram, casualmente se apaixonam,o destino deles já está marcado.
f-O garoto não faz música* pelo dinheiro nem faz pela fama.
1-______________________
2-______________________
3-______________________
4-______________________
5-______________________
6-______________________
7-______________________
3-Qual é o gênero apresentado nessa avaliação?_______________
4-Que objetivo comunicativo possui?_______________________
5-Qual é o suporte desse gênero textual?___________________
6-Faça a análise sintática da oração abaixo:
A violoncelista Lyla e o roqueiro Louis gostam da música.
7-Faça uma CAUSA e uma CONSEQUÊNCIA para o fato abaixo. Seja criativo, ok? Faça uso de seu processo argumentativo.
Evan foi um garoto criado em um orfanato.
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