terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tp6- Análise de "Diário de uma paixão"/Argumentação & Prática de escrita

Filme "Diário de uma paixão" e estudo das Unidades finais do caderno TP6




Processo de Argumentação: Convencimento ou persuasão?
Por trás de uma aparentemente simplória história de amor, há a defesa metalinguística de um gênero muito importante: a narrativa ficcional.

PERSUASÃO

Deitar na rua a observar o céu,o semáforo.
Allie na roda gigante, aceitando sair com Noah.
Allie decide o que é mais importante junto com os pais.
Noah lê poesias para melhorar sua leitura.

A mãe de Allie que não se casou com seu verdadeiro amor.
A ida ao casarão antes da reforma e a tentativa de fazer amor naquele momento.
Em todas as brigas,Allie dizia que o odiava e o mandava ir embora.

Noah dizer que Allie era um pássaro.


Quando Allie aceita se casar, está persuadida,pois vê o rosto de Noah no noivo.

CONVENCIMENTO

Quando a moça começa o namoro com Noah, mesmo sabendo de suas condições tão distintas das dela.
Ao perceber que pode dançar sem música e se entrega à dança.
Noah faz uso desse recurso argumentativo desde o início,assim que conhece sua amada.

ARGUMENTAÇÃO POR EXEMPLO

O filme é praticamente todo embasado em argumentos por exemplificação.
Assim:
A mãe de Allie diz,para tentar convencer a filha, que ela irá morar na casa do pai de Noah e parir filhos sujinhos.

O próprio livro escrito por Allie,depois que se reconhece como protagonista desse romance, remete à exemplificação(Fica convencida ,pois já teve aquele exemplo em sua vida).

A mãe da garota, quando mostra o operário que fora seu grande amor, argumenta pela exemplificação.

ARGUMENTOS DE AUTORIDADE

Toda a leitura de Noah baseia-se em Walt Whitman,em sua poesia. Após passar o período em que tinha de melhorar sua leitura, Noah lê Whitman por prazer e é o que ele faz até o fim de sua vida. O personagem também cita esse autor para sua amada.
A leitura que Noah faz daquela espécie de diário acaba por se tornar uma fonte de argumento de autoridade, pois a história é muito real para Allie e a convence tanto que é a única forma de ela voltar para a realidade.

O poder da palavra, da argumentação
A mãe de Allie sabia muito bem desse poder, caso contrário não esconderia as cartas.
A ausência da palavra e da argumentação também fez Allie se afastar de Noah e quase se casar com o que foi seu noivo. É o poder o silêncio.

Como construir argumentos?
TESE seguida de CAUSA e CONSEQUÊNCIA

Cena em que a mãe mostra à filha o operário por quem se apaixonou e devolve as cartas à filha. No final, ela espera que Allie faça a melhor escolha. Ou seja, tem-se a tese, o fato.Busca-se causas e consequências para convencer a si e ao mundo que fez a melhor escolha.

Planejamento da escrita
Houve um distanciamento real entre autor e leitor ou ouvinte. Prova disso é o total envolvimento de Allie como ouvinte numa história que pensa ser tão bonita e ser de outra pessoa, sendo ela mesma a autora. Isso demonstra que houve um requisito básico: a revisão.

Literatura para adolescentes
Atualmente, dá-se muito crédito a filmes que têm um livro como base. Este filme tem como pano de fundo o livro “The notebook”.Temos como exemplo o sucesso dos filmes de vampiros, todos com livros lançados anteriormente.



Assistindo ao filme "O som do coração"

Avaliação de filme, segundo critérios observados no Gestar II


ESTUDO DE FILME- LÍNGUA PORTUGUESA – 8º ANO
ALUNO:_____________________________________DATA:______________ Professora:______________________________________ BOA PROVA !






O SOM DO CORAÇÃO
SINOPSE:Evan(Freddie Highmore), garoto criado em um orfanato, possui um dom musical impressionante. Ele é o fruto do encontro apaixonado da violoncelista Lyla (Keri Russel) e do roqueiro Louis(Jonathan Rhys Meyers), que foram tragicamente separados pelo pai de Lyla. Cada um seguiu seu caminho, sem saber que Evan estava vivo, e com a única certeza de que haviam sido feitos um para o outro. Evan, em seu coração, nunca perdeu a esperança de encontrar seus pais. Em sua incrível busca, ele foge para Nova York, onde recebe a ajuda do "Mago"(Robin Williams), um empresário de rua. Uma história comovente, sobre a magia da música e o poder do amor.

1-RESPONDA : Use o máximo de argumentos que conseguir!

1-Em matéria de sentimentos, de que se trata o filme?

2-O som do coração pode ser considerado um “filmaço”, mas em que pontos ele pode ser considerado falho?

3-Que lições de vida podem ser tiradas dele, embasadas numa vida mais responsável?

4-O que a música representa neste filme? Teça comentários.

5-Que fatos podem comprovar que o Senhor Deus está presente em todos os momentos e personagens do filme?

6-Qual é a função do pai de Lyla neste contexto?

2-Dê a função sintática dos termos destacados nas orações abaixo:

a-August Rush* cresce num orfanato e é dotado de um dom musical impressionante.
b-Ora se apresenta nas ruas de New York* , ora no Colégio Julians.
c-Conta apenas com seu talento musical* , pois toca com o coração.
d-August decide usar esse dom* para encontrar seu pais , logo será bem sucedido*.
e-Um guitarrista e uma violoncelista* se encontram, casualmente se apaixonam,o destino deles já está marcado.
f-O garoto não faz música* pelo dinheiro nem faz pela fama.

1-______________________
2-______________________
3-______________________
4-______________________
5-______________________
6-______________________
7-______________________

3-Qual é o gênero apresentado nessa avaliação?_______________

4-Que objetivo comunicativo possui?_______________________

5-Qual é o suporte desse gênero textual?___________________

6-Faça a análise sintática da oração abaixo:
 A violoncelista Lyla e o roqueiro Louis gostam da música.




7-Faça uma CAUSA e uma CONSEQUÊNCIA para o fato abaixo. Seja criativo, ok? Faça uso de seu processo argumentativo.
 Evan foi um garoto criado em um orfanato.


terça-feira, 19 de julho de 2011

A COERÊNCIA E A COESÃO NO FILME "OS OUTROS"

ANALISANDO "OS OUTROS" SOB O ÂNGULO DA COERÊNCIA E DA COESÃO
UNIDADES 19 E 20- TP5


"Os Outros" é o exemplo perfeito de como se contar uma história de fantasmas e é a prova definitiva que para se criar texto, um enredo elegante e realmente assustador, não é necessário um grande orçamento, apenas um diretor metódico, um roteiro beirando a perfeição e, é claro, um elenco fabuloso, com destaque para Fionnula Flanagan, que interpreta a governanta.
"Os Outros" é um filme de suspense em que nada é explícito, não há nenhum efeito especial para atrapalhar e nos pequenos detalhes é que se encontram suas maiores surpresas, assim como em todo texto e interpretação inteligente.




Elementos coesivos
Podemos encontrar fatores que favorecem a coerência?

Para se chegar ao sentido final, variados elementos se fizeram presentes
Vozes e barulhos presentes na mansão
Escuro do ambiente, excesso de cortinas
Palidez dos personagens
A ausência de outras pessoas(família, padre...)
As portas que apareciam abertas e/ou se trancavam
O tempo que parecia não passar
O toque do piano
A governanta que nunca contradizia nada
As falas de quem havia entendido a realidade de estar morto:
“ Muita gente vai embora do lugar, mas o lugar fica na gente”
“vai haver surpresas e mudanças”
“O mundo dos mortos se mistura ao mundo dos vivos”
“A dor da perda leva as pessoas a fazerem coisas muito estranhas”
O nevoeiro intenso
A volta do mesmo assunto:”Mamãe enlouqueceu! Tentou de novo!”
Silêncio era algo apreciado naquela casa
A comparação entre as torradas de antes e de agora
O anúncio que não fora publicado e a chegada dos empregados


Coesão Referencial presente no filme
Faz- se através de elementos que já foram mencionados a priori como:

Os intrusos, eles, os outros, estão, senti- los

O pronome é o melhor recurso de coesão referencial.Para evitar repetições e comprometer a coerência, o ideal não é substituir palavras já utilizadas por pronomes? Esse filme já traz esse processo no título!

Coesão Sequencial encontrada
Retoma e progride, ou seja, volta ao texto e vai adiante. Carga semântica de algumas palavras ajuda a manter e reforçar a coesão como:
“Ela se comporta como se nada tivesse acontecido!”(fala da governanta)
Algo aconteceu então.
A fala da menina:”Você também vai nos abandonar?”
Alguém já abandonou antes.

Relações lógicas no texto-Pág.202,203
Escopo= Entende-se por escopo da negação a parte de conteúdos de uma informação que é negada. Assim , a negação pode ser entendida como uma sombra. O escopo do filme é como se fossem os três membros da família que não se admitiam mortos.

“_Você pode me dizer se ouviu isso?
_Não.”
(Esse não significa: não ouviu ou não pode me dizer?)
Não posso dizer.( O não faz escopo no posso.)
Posso dizer que não ouvi isso. (O não faz escopo no ouvi.)


Coerência ou Incoerência?
A coerência é fato marcante, a não-coerência faz do “texto” um não-texto.
O filme “Os outros” é um todo muito bem trabalhado a ponto de, através dos pontos de coesão citados anteriormente, um sentido ter sido criado e posteriormente destruído para se criar outro que também era coerente com o título.


Exemplos de tentativas de encontrar a coerência:
“Se não são fantasmas, cadê as correntes e lençóis como você disse?”
Se estamos mortos, onde é o limbo?
Por que uma casa tão escura e cheia de cortinas?
Por que o marido estava à procura da casa e disse que tinha de voltar à guerra?
Por que os outros que faziam o barulho na casa tinham de estar mortos?
Quem são os outros?
Por que Grace tentava a todo custo ser tão boa mãe?Tão protetora? E tão forte ao mesmo tempo, cuidando de tudo sozinha?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

1º encontro do Módulo III- TP5

RELATÓRIO DO REPASSE DO 1º ENCONTRO DO TP5

Olá, pessoal....
Estamos de volta ao módulo de repasse do Tp5 e nesse momento fizemos um estudo da Unidade 17 (Estilística) e iniciamos a Unidade 18 (Coerência).
O repasse foi aberto com um vídeo motivador, intitulado "O poder da Educação" .
Em seguida, fizemos a leitura e análise do texto "Cada um é cada um", enfatizando o estilo conhecido especialmente pelo senso comum e indo em busca do conhecimento estudado pelo Gramática Normativa.
Observamos que a Estilística segue dois caminhos que ora se completam e ora se distanciam, visto que tanto o senso comum como a Gramática procuram analisar os textos no critério estilo "jeito, modo, personalidade" e "jeito do artista fazer suas criações". Este, portanto, necessita da "maestria", de conhecimento da norma para que seu estilo não se confunda com desvio.
Também exploramos o texto "Trem de ferro" de Manuel Bandeira, juntamente com sua musicalidade, composta por Tom Jobim. Foi aqui que evidenciamos, com total clareza, a importância da repetição de sons e palavras para o alcance do estilo. Também discutimos a intertextualidade desse com Maria Fumaça de Kleiton e Kleitir.


Variados olhares se puseram a nalisar um slide a respeito desse tema. Veja seu conteúdo:

A Estilística frente aos textos não clássicos
A importância e a “desimportância” da repetição de sons na criação do ESTILO

A repetição de sons ou palavras valoriza o texto quando é intencionalmente usada para produzir um efeito de sentido, mas há um outro tipo de repetição, que não tem essa finalidade. Ela enfeia o texto e ocorre por descuido ou desconhecimento da língua.

Repetição de sons no texto em prosa: “Na opinião do irmão da vítima, a invasão da mansão provocou uma discussão que acabou com a união da família”.
Repetição de palavras com prejuízo da coesão: “O menino chegou. Ele trazia o boné na mão. Ele não conversou com ninguém. Mas, depois de meia hora, ele pediu um copo d’água.”

A exploração da sonoridade da frase não existe apenas em criações literárias. Ela é comum também nas criações populares, transmitidas em programas radiofônicos de entretenimento
ou apresentadas em revistas e almanaques. É o caso de provérbios, adivinhações
engraçadas e trava-línguas.
Observe como a sonoridade torna expressivos estes dois provérbios:

Entramos na questão da licença poética!!!
“Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”

Aliteração e Assonância
Oralidade - Escrita


Outro recurso estilístico, muito presente na linguagem cotidiana.
Você já ouviu aqueles locutores fanáticos de jogo de futebol gritarem “gol”? Se fôssemos representar na escrita o modo como anunciam que “a bola balançou a rede” e o responsável pela façanha foi Ronaldo, escreveríamos assim:
GOOOOOOOOOOOOOOL! RRRRRRRRONALDO É O NOME DELE!
O que pretende esse locutor? Certamente, contagiar os ouvintes com a emoção,
envolvê-los no jogo e no tipo de transmissão de tal modo que eles não tenham vontade de mudar a estação ou o canal de TV.


E na escrita?

30 de junho
Querido diário,
FÉRIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS!!!!!!!!
Puxa, como demorou, parecia que não ia chegar nunca. Não via a hora de jogar o
material para cima e relaxar, poder dormir até mais tarde, ir para a cama mais tarde e brincar de escolinha com meu irmãozinho.
OS IRMÃOS BACALHAU. Diário Secreto de uma portuguesa / Os Irmãos Bacalhau.
São Paulo: Matrix, 2002, p. 30.




A duração não representa um som, mas tem função expressiva. Na língua escrita, ela pode ser marcada pela repetição de uma letra, geralmente aquela em que recai o acento tônico, ou pela pronúncia exagerada de uma sílaba átona, como em:
“Ela é uma mentirosa!” (em vez de mentirosa)


Quando um autor transgride a norma gramatical com a intenção de dar expressividade ao texto, a transgressão é consciente e tem uma função específica. Trata-se, portanto, de um recurso de estilo.
É preciso conhecer as normas gramaticais para poder transgredi-Ias propositalmente,
de modo que isso se torne qualidade, e não defeito de estilo.

Partindo rumo à Estilística da palavra, estudamos o texto de Celso Ferreira Costa "Palavras são palavras" e a caminho da Estilística da frase e da enunciação, pudemos analisar o texto "Nunca é tarde , sempre é tarde" em que as repetições na prosa, a pontuação inexistente são efeitos de estilo, não defeitos deste.

E em que discurso se encontra o conto acima referido?



O QUE É DISCURSO???
É A ATIVIDADE COMUNICATIVA DESENVOLVIDA ENTRE INTERLOCUTORES CAPAZ DE GERAR SENTIDO.
ESTA ATIVIDADE COMUNICATIVA É CONSTITUÍDA DE TEXTO E CONTEXTO DISCURSIVO (QUEM FALA, COM QUEM FALA, COM QUE FINALIDADE...).

TIPOS DE DISCURSO
DISCURSO DIRETO
DISCURSO INDIRETO
DISCURSO INDIRETO LIVRE
DISCURSO CITADO

Discurso Direto
O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador, interrompendo a narrativa, põe-nas em cena e cede-lhes a palavra.
O discurso direto, geralmente, caracteriza-se pela presença de verbos que introduzem a fala da personagem (dizer, afirmar, responder..)
"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do jardim, em Santa Teresa. - Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis. Mas não é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro horas e meia. - Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura." (Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)

Discurso Indireto
No discurso indireto não há diálogo, o narrador não põe personagens a falar diretamente, mas faz-se intérprete delas, transmitindo ao leitor o que disseram ou pensaram.
“A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito conhecer Carlota e pediu que a levasse comigo.”

Discurso Indireto Livre
O discurso indireto livre ou semi-indireto é uma fusão dos discurso direto e indireto.
Apresenta a fala ou o pensamento da personagem discretamente inseridos no discurso do narrador.
Carolina já não sabia o que fazer. Estava desesperada, com a fome encarrapitada. Que fome! Que faço? Mas parecia que uma luz existia…

Discurso Citado
Discurso citado é o discurso ou parte de discurso que é incorporado por outro discurso.


Uma conversação a respeito do Ampliando nossas referências foi estabelecida de modo que a ênfase no assunto deu- se na parafantasia, efeito natural de ampliação de sentido que as palavras têm. Uma espécie de METONÍMIA baseada em nosso conhecimento de situações vivenciadas. Exemplo:

Se falo sino, penso numa capela. Se digo vento, penso em folhas, árvores...



Unidade 18- Coerência

Começamos o estudo dessa unidade com um slide montado a partir do livro de Ingedore Koch "Ler e compreender os sentidos do texto".(Muito bom esse livro!)

Bye bye, turma!!!
No próximo encontro , trataremos sobre a coerência e a coesão"...
Abraço aos leitores !!!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

RELATO DO MÓDULO III EM JUIZ DE FORA - ENCONTRO COM OS FORMADORES

COMO FOI O ENCONTRO PARA A FORMAÇÃO DO TP5 E TP6?

Em meados de junho, numa semana de intenso frio, nós, tutores, estivemos na cidade de Juiz de Fora para mais um Encontro de formação do Gestar II.
Estamos agora na reta final. Tivemos uma nova etapa de curso presencial para os dois cadernos finais e estamos nos preparando para o repasse desse Módulo. Nas próximas postagens, nossos leitores terão amostras do conteúdo desse processo, que é muito proveitoso.
Abraços...

RELATÓRIO DO TP4

Escola Municipal Angelina Medrado
Profª tutora: Flávia Regina Santos Chaves
Relatório das atividades referentes ao TP4


Tema
“ A leitura e os processos de escrita”

Estudar a relação entre a cultura e os usos sociais e funções da escrita nos contextos em que vivemos é fato de inegável relevância em quaisquer situações de nosso dia a dia. A escrita, apesar de ter surgido na Antiguidade para solucionar problemas práticos relacionados à memória, é hoje fenômeno que não se perdeu no tempo nem com o advento da tecnologia. Muito pelo contrário, ampliou- se mais e mais e com diversidades de formas de manifestação. Com isso, há a necessidade de também trabalharmos com nossos alunos a evolução da escrita e as variadas funções da mesma.

Perfis das turmas

As Lições de Casa referentes a esse relatório foram executadas em duas turmas de 8º ano da Escola Municipal Angelina Medrado de Lagoa Dourada que se envolvem desde o início do projeto. As turmas mencionadas são distintas, tendo em vista conteúdo e conhecimento de mundo, interesse e vontade de crescimento. As turmas contêm alunos de zona urbana e de zona rural com idades entre 13 e 16 anos.



Justificativa

Devido à nítida necessidade de englobar nossos alunos num universo de diversidade de gêneros textuais bem como adaptar cada gênero às suas características predominantes, optei por escolher, no enfoque do TP4, gêneros que são agradáveis e pertinentes ao 8º ano para o trabalho com a leitura além do que os olhos podem ver, mas que o conhecimento de mundo e o olhar profundo podem captar. E, a partir daí, criar situações favoráveis à construção de textos claros, criativos e prazerosos na escrita e na leitura, visto que ficariam expostos ao público escolar.

Objetivos gerais

 Identificar alguns gêneros textuais presentes e pertinentes à realidade dos estudantes dos níveis de 8º anos.
 Reconhecer qual (is) os objetivos comunicativos presentes nos textos estudados (trabalho realizado oralmente nessa etapa).
 Entender a importância de se perceber a situação discursiva na criação da competência sociocomunicativa.
 Produzir gêneros textuais com eficiência tendo como ponto de partida textos bem compreendidos e definição de características em cada gênero explorado.


Objetivos específicos
 Fazer uso da escrita como prática cotidiana, necessária e prazerosa.
 Reconhecer a leitura e a escrita como fontes de inspiração, mas também como situações indispensáveis ao indivíduo que quer se integrar ao mundo globalizado.
 Relacionar objetivos com diferenciados textos e seus significados de leitura.
 Definir a leitura atenta e minuciosa como papel urgente para amplitude dos conhecimentos linguísticos indispensáveis à produção de novos textos.

Textos e obras explorados

 Página de diário com o texto “Camping” de J. G. Fraga (p. 132), seguida de interpretação e da proposta do Avançando na Prática da p. 133 com adaptações (Anexo 1).
 Texto “Admirável mundo louco” de Ruth Rocha (p.118), seguido de interpretação, produção de autobiografia a partir da biografia da autora do texto estudado.
 Música “Admirável chip novo” da cantora Pitty que mantém intertextualidade com o texto anterior. Atividades de interpretação oral e criação de folder com resumo e resenha- gêneros já explorados anteriormente (Anexo 2).
 Estudo de cartão- postal (Atividade adaptada da p. 188)/ (Anexo 3)

Metodologia

• Atividades de interpretação individuais e coletivas.
• Aulas expositivas e dialogadas.
• Exercícios de produção de textos individuais com finalidade de exposição.


• Estudo das características pertinentes a cada gênero explorado.
• Descobrindo objetivos, gêneros, temas, estruturas, suportes em diálogos no momento das interpretações.
Cronograma

A aplicação das atividades vem acontecendo desde o dia 03 de junho e algumas estão ainda em fase de finalização.

Avaliação

• Minha avaliação sobre esse processo está sendo formativa, observando através das atividades realizadas o que as classes puderam produzir com eficácia e autonomia.
• A construção dos textos, folder e envolvimento no miniprojeto.






Lagoa Dourada,15 de junho de 2011
Flávia Regina Santos Chaves

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Lições de Casa TP4

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DO CADERNO TP4


TRABALHANDO O GÊNERO: PÁGINA DE DIÁRIO

ATIVIDADE DE LEITURA E PRODUÇÃO
(págs. 132 e 133)

Camping

4 de janeiro. Querido diário: amanhã vamos procurar um lugar para acampar. Não aguentamos mais essa cidade.

7 de janeiro. Querido diário: achamos um lugar maravilhoso para camping. É tão bonito que papai combinou com uns amigos para voltarmos.

11 de janeiro. Querido diário: foi fantástico. Havia mais de dez casais com crianças, apaixonados pela natureza. A primavera está uma beleza. Limpamos um pouco o local, derrubamos algumas árvores e agora há mais espaço para todos.

27 de janeiro. Querido diário: o camping está cada vez melhor. Os vendedores ambulantes descobriram nosso acampamento e agora se pode comprar de tudo lá. O número de famílias aumentou muito e já tem gente que nunca vi mais gorda. Os casamentos são sempre comoventes. Já tem churrasqueiras e sanitários.

3 de fevereiro. Querido diário: conheci um amigo, Paulo. O pai dele é dono de uma farmácia e isso foi sorte porque sempre se precisa de quem entenda de saúde no mato. E de quem entenda de matemática também. Ah, fizeram umas ruas pelo meio da floresta. Falam em instalar água e luz no camping. É mais conforto.

27 de fevereiro. Querido diário: instalaram água e luz em boa hora, porque o camping está tão grande que precisava mesmo. Os ambulantes decidiram que é melhor ficar fixo lá e montaram umas tendas que não fecham a semana inteira, de tanta gente que vai lá. Paulo disse que o pai dele vai botar um ambulatório lá.

FRAGA, J.G. Camping. In Ficção. Rio de Janeiro, abr. 77

Atividade
A) Inserimos algumas frases impertinentes no texto. Quais são elas?
B) Quem você imagina que faz esse diário? Que elementos do texto lhe sugeriram tal autor, ou autora?
C) Valendo-se do gênero diário, o autor faz uma narrativa ficcional, literária. O diário vai até o dia 6 de dezembro.
a) Indique o que é a primeira parte de um texto ficcional - a introdução, ou orientação.
b) Como começa a complicação (apesar de o(a) autor(a) do diário não se dar conta de nenhuma “complicação”)?
c) Como você acha que continua esse texto? Que acontecimentos poderiam fazer a sequência desse princípio, criando o clímax?
d) Escreva o que você acha que poderia ser o texto do diário no dia 6 de dezembro, que corresponderia à resolução.


Agora é sua vez de produzir uma página de diário com ao menos seis datas relevantes da rotina de um(a) adolescente como você. Boa produção.



EXPLORANDO A INTERTEXTUALIDADE

Admirável mundo louco


Eles moram, quase todos, amontoados nuns lugares muito feios, que eles chamam de cidades.
Esses lugares cheiram muito mal por causa de umas porcarias que eles fabricam e de umas nuvens escuras que saem de uns tubos muito grandes que por sua vez saem de dentro de umas caixas que eles chamam de fábricas.
Parece que eles vivem dentro de outras caixas. Algumas dessas caixas são grandes, outras são pequenas.
Nem sempre moram mais freguetes nas caixas maiores. Às vezes acontece o contrário: nas caixas grandes moram pouquinhos freguetes e nas caixas pequenininhas moram um monte deles.
Nas cidades existem muitas caixas amontoadas umas nas outras.
Parece que dentro desses amontoados há um tubo, por onde corre um carrinho na direção vertical, chamado elevador, porque eleva as pessoas para o alto dos amontoados. Não ouvi dizer que eles tenham descedores, o que me leva a acreditar que eles pulem lá de cima até embaixo, de alguma maneira que eu não sei explicar.
Quando fica claro, eles saem das caixas deles e todos começam a ir pra outro lugar e ficam nisso de ir daqui pra lá o tempo todo, até que fica escuro e todos voltam pro lugar de onde vieram.
Não sei como é que eles encontram o lugar de onde eles saíram, mas encontram; e entram outra vez nas caixas.
Assim que eu cheguei era um pouco difícil compreender o que eles diziam. Mas logo, logo, graças aos meus estudos de flóbitos, consegui aprender uma porção das línguas que eles falam.
Ah, porque eles falam uma porção de línguas diferentes.
E como é que eles se entendem?
E quem disse que eles se entendem?
(ROCHA, R. Este admirável mundo louco. São Paulo: Salamandra, 2003.)

Atividade

1-Afinal, a partir das informações sobre o conto Admirável mundo louco, podemos identificar 3 autores presentes, de alguma forma, no texto. Quais são eles?

2-Que sugere a você essa quantidade de “vozes”, que passam a palavra de uma pessoa para outra?

3- A descrição feita pelo jovem visitante mostra uma visão negativa da “cidade”.
a) Essa visão evidencia-se claramente, por meio de expressões usadas pelo autor. Que expressões dão esse sentido ao texto?
b) Há também situações apresentadas que, mesmo sem um claro julgamento do autor, podemos entender como negativas. Quais são elas, na sua percepção?

4- O autor do relato parece não entender bem a vida na Terra.
a) Que recursos lingüísticos sugerem isso?
b) A que se deve essa dificuldade de entendimento, se ele compreendia as línguas dos freguetes?

5- O autor dos escritos inventa palavras, como “freguetes”, ”flóbitos” e “descedores”. Neste último caso, usa o mesmo processo que qualquer criança usa para inventar palavras. Em que consiste tal processo?

6- Na sua opinião, que tipo de cidade o visitante conheceu? Justifique sua opinião.

7- Como já lembramos, Ruth Rocha é famosa pelo humor que dá a suas histórias, ainda que de crítica. Você vê humor nesse trecho? Justifique sua posição.

8- Qual é o significado do texto para você?

9- Qual a sua opinião sobre o texto?

10-Dê informações sobre o Gênero textual, o suporte, a estrutura, o objetivo comunicativo e o público leitor desse texto de Ruth Rocha.


11-Pesquisem sobre a autora.Tragam para a sala biografia de Ruth Rocha.Vamos estudar um pouco a estrutura de uma biografia e criar as nossas.(Para expor,hein? Não se esqueçam das fotos!)


(INTERTEXTUALIDADE): Admirável Chip Novo (Pitty)

Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação

Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor (2x)

Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação

Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga...
Não senhor, Sim senhor (2x)

Mas lá vem eles
novamente
E eu sei o que vão fazer:
Reinstalar o sistema.

Criar um folder a partir da música, contendo um resumo e uma resenha.



MiniProjeto multidisciplinar
(Inglês, Geografia e Língua Portuguesa)

“TRAVELLING AROUND THE WORLD”



Professores envolvidos:Elaine Cristina Mota, Rose, Ducarmo, Éder e Flávia Regina

PROJETO MULTIDISCIPLINAR
SÉRIE: 7° ao 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
TEMA: TRAVELLING AROUND THE WORLD (Viajando ao redor do mundo)

JUSTIFICATIVA:
Nota-se que as crianças e jovens possuem conhecimento limitado sobre os países e regiões do mundo, mesmo daqueles que possuem maior nível de relacionamento político, comercial, econômico ou militar. É fundamental despertar a curiosidade desses alunos para um bom entendimento do lugar onde vivem.

OBJETIVO GERAL:
Desenvolver um trabalho coletivo no ambiente escolar, com parceiros e colaboradores, estimulando o crescimento intelectual do aluno.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Estimular o conhecimento geográfico político, social e econômico de regiões diferentes.
- Despertar a curiosidade em relação a outras culturas.
- Melhorar o vocabulário e a produção dos textos em inglês.
- Ressaltar a importância do respeito a outras culturas.
-Adotar atitudes de solidariedade, companheirismo, respeito e cooperação; uma vez que trabalho será feito em grupos
-Aprender a resolver conflitos por meio do diálogo, ouvir e respeitar os outros
-Perceber que os meios de comunicação mais antigos como o cartão- postal são muito importantes nesse contexto(Atividade proposta na página 188/adaptada).

METODOLOGIA/ DESENVOLVIMENTO
O projeto Travelling Around the World é para ser desenvolvido durante o segundo momento, do 7° ao 9° ano do Ensino Fundamental, em parceria com os professores de Geografia e Produção de texto.
Como já foi verificado, os 7° anos estão estudando Brasil; os 8°, América e os 9°, Europa nas aulas de Geografia. Primeiramente, será discutido com os professores os locais que seriam mais interessantes para serem trabalhados com os alunos. Após esta definição, o professor de Inglês fará o sorteio dos lugares e levará suvenires de alguns, por ela visitados, com o intuito de despertar a curiosidade e desenvolver o vobulário ( em Inglês) relativo aos países. Com o auxílio dos professores de Geografia os alunos irão confeccionar os mapas de cada região e/ou país e produzirão os textos com os dados fornecidos. Com a ajuda do professor de Inglês, eles farão a tradução dos textos para o Inglês e confeccionarão os cartazes, que serão expostos nos lugares adequados da escola. O responsável pela produção de texto ajudará os alunos a preparar os cartões postais, contendo os textos relacionados ao local para onde viajariam imaginariamente.

AVALIAÇÃO:
Será feita através de registros, de acordo com a participação, interesse e desenvolvimento dos alunos, individual e coletivamente.