sexta-feira, 1 de julho de 2011

1º encontro do Módulo III- TP5

RELATÓRIO DO REPASSE DO 1º ENCONTRO DO TP5

Olá, pessoal....
Estamos de volta ao módulo de repasse do Tp5 e nesse momento fizemos um estudo da Unidade 17 (Estilística) e iniciamos a Unidade 18 (Coerência).
O repasse foi aberto com um vídeo motivador, intitulado "O poder da Educação" .
Em seguida, fizemos a leitura e análise do texto "Cada um é cada um", enfatizando o estilo conhecido especialmente pelo senso comum e indo em busca do conhecimento estudado pelo Gramática Normativa.
Observamos que a Estilística segue dois caminhos que ora se completam e ora se distanciam, visto que tanto o senso comum como a Gramática procuram analisar os textos no critério estilo "jeito, modo, personalidade" e "jeito do artista fazer suas criações". Este, portanto, necessita da "maestria", de conhecimento da norma para que seu estilo não se confunda com desvio.
Também exploramos o texto "Trem de ferro" de Manuel Bandeira, juntamente com sua musicalidade, composta por Tom Jobim. Foi aqui que evidenciamos, com total clareza, a importância da repetição de sons e palavras para o alcance do estilo. Também discutimos a intertextualidade desse com Maria Fumaça de Kleiton e Kleitir.


Variados olhares se puseram a nalisar um slide a respeito desse tema. Veja seu conteúdo:

A Estilística frente aos textos não clássicos
A importância e a “desimportância” da repetição de sons na criação do ESTILO

A repetição de sons ou palavras valoriza o texto quando é intencionalmente usada para produzir um efeito de sentido, mas há um outro tipo de repetição, que não tem essa finalidade. Ela enfeia o texto e ocorre por descuido ou desconhecimento da língua.

Repetição de sons no texto em prosa: “Na opinião do irmão da vítima, a invasão da mansão provocou uma discussão que acabou com a união da família”.
Repetição de palavras com prejuízo da coesão: “O menino chegou. Ele trazia o boné na mão. Ele não conversou com ninguém. Mas, depois de meia hora, ele pediu um copo d’água.”

A exploração da sonoridade da frase não existe apenas em criações literárias. Ela é comum também nas criações populares, transmitidas em programas radiofônicos de entretenimento
ou apresentadas em revistas e almanaques. É o caso de provérbios, adivinhações
engraçadas e trava-línguas.
Observe como a sonoridade torna expressivos estes dois provérbios:

Entramos na questão da licença poética!!!
“Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”

Aliteração e Assonância
Oralidade - Escrita


Outro recurso estilístico, muito presente na linguagem cotidiana.
Você já ouviu aqueles locutores fanáticos de jogo de futebol gritarem “gol”? Se fôssemos representar na escrita o modo como anunciam que “a bola balançou a rede” e o responsável pela façanha foi Ronaldo, escreveríamos assim:
GOOOOOOOOOOOOOOL! RRRRRRRRONALDO É O NOME DELE!
O que pretende esse locutor? Certamente, contagiar os ouvintes com a emoção,
envolvê-los no jogo e no tipo de transmissão de tal modo que eles não tenham vontade de mudar a estação ou o canal de TV.


E na escrita?

30 de junho
Querido diário,
FÉRIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS!!!!!!!!
Puxa, como demorou, parecia que não ia chegar nunca. Não via a hora de jogar o
material para cima e relaxar, poder dormir até mais tarde, ir para a cama mais tarde e brincar de escolinha com meu irmãozinho.
OS IRMÃOS BACALHAU. Diário Secreto de uma portuguesa / Os Irmãos Bacalhau.
São Paulo: Matrix, 2002, p. 30.




A duração não representa um som, mas tem função expressiva. Na língua escrita, ela pode ser marcada pela repetição de uma letra, geralmente aquela em que recai o acento tônico, ou pela pronúncia exagerada de uma sílaba átona, como em:
“Ela é uma mentirosa!” (em vez de mentirosa)


Quando um autor transgride a norma gramatical com a intenção de dar expressividade ao texto, a transgressão é consciente e tem uma função específica. Trata-se, portanto, de um recurso de estilo.
É preciso conhecer as normas gramaticais para poder transgredi-Ias propositalmente,
de modo que isso se torne qualidade, e não defeito de estilo.

Partindo rumo à Estilística da palavra, estudamos o texto de Celso Ferreira Costa "Palavras são palavras" e a caminho da Estilística da frase e da enunciação, pudemos analisar o texto "Nunca é tarde , sempre é tarde" em que as repetições na prosa, a pontuação inexistente são efeitos de estilo, não defeitos deste.

E em que discurso se encontra o conto acima referido?



O QUE É DISCURSO???
É A ATIVIDADE COMUNICATIVA DESENVOLVIDA ENTRE INTERLOCUTORES CAPAZ DE GERAR SENTIDO.
ESTA ATIVIDADE COMUNICATIVA É CONSTITUÍDA DE TEXTO E CONTEXTO DISCURSIVO (QUEM FALA, COM QUEM FALA, COM QUE FINALIDADE...).

TIPOS DE DISCURSO
DISCURSO DIRETO
DISCURSO INDIRETO
DISCURSO INDIRETO LIVRE
DISCURSO CITADO

Discurso Direto
O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador, interrompendo a narrativa, põe-nas em cena e cede-lhes a palavra.
O discurso direto, geralmente, caracteriza-se pela presença de verbos que introduzem a fala da personagem (dizer, afirmar, responder..)
"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do jardim, em Santa Teresa. - Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis. Mas não é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro horas e meia. - Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura." (Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)

Discurso Indireto
No discurso indireto não há diálogo, o narrador não põe personagens a falar diretamente, mas faz-se intérprete delas, transmitindo ao leitor o que disseram ou pensaram.
“A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito conhecer Carlota e pediu que a levasse comigo.”

Discurso Indireto Livre
O discurso indireto livre ou semi-indireto é uma fusão dos discurso direto e indireto.
Apresenta a fala ou o pensamento da personagem discretamente inseridos no discurso do narrador.
Carolina já não sabia o que fazer. Estava desesperada, com a fome encarrapitada. Que fome! Que faço? Mas parecia que uma luz existia…

Discurso Citado
Discurso citado é o discurso ou parte de discurso que é incorporado por outro discurso.


Uma conversação a respeito do Ampliando nossas referências foi estabelecida de modo que a ênfase no assunto deu- se na parafantasia, efeito natural de ampliação de sentido que as palavras têm. Uma espécie de METONÍMIA baseada em nosso conhecimento de situações vivenciadas. Exemplo:

Se falo sino, penso numa capela. Se digo vento, penso em folhas, árvores...



Unidade 18- Coerência

Começamos o estudo dessa unidade com um slide montado a partir do livro de Ingedore Koch "Ler e compreender os sentidos do texto".(Muito bom esse livro!)

Bye bye, turma!!!
No próximo encontro , trataremos sobre a coerência e a coesão"...
Abraço aos leitores !!!!

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