segunda-feira, 23 de maio de 2011

Relatório e Lições de Casa doTP3

Escola Municipal Angelina Medrado
Profª tutora: Flávia Regina Santos Chaves
Relatório das atividades referentes ao TP3

Tema
“Os gêneros textuais e as sequências tipológicas”

Esse assunto foi um excelente desafio! Desde que participei do 2º Seminário do Gestar em abril, voltei à minha escola com uma visão muito distinta da que tive desde minha participação no início do projeto. E ressalto que já havia sido imensamente útil pra mim. Mesmo sabendo que seria uma professora de gêneros textuais, ainda não havia apreendido sua total dimensão. O TP3 foi e é, em minha opinião, a parte mais interessante, prazerosa e fonte de crescimento que encontrei no percurso do Gestar até o presente momento. Refiro- me ao conteúdo tanto quanto tutora do curso como professora atuante em sala de aula. A partir do Módulo II, senti-me “realmente” incentivada a ser leitora de Marcuschi e Koch. Tenho tirado muito proveito das bibliografias indicadas para esse tema, especialmente no repasse. A experiência tem sido incrível!
Perfis das turmas
As Lições de Casa referentes a esse relatório foram executadas em duas turmas de 8º ano da Escola Municipal Angelina Medrado de Lagoa Dourada, que se envolvem desde o início do projeto e em uma turma de 4º ano.
As turmas de 8º ano muito diferentes, tanto em matéria de conteúdo e conhecimento de mundo quanto de interesse e vontade de crescimento. Entretanto, acabo me descobrindo nelas, pois são heterogêneas entre si e cada uma delas apresenta também uma diversidade de alunos muito grande. Não é fácil trabalhar com tamanha diferença, mas a gente acaba se desenvolvendo mais e reinventando técnicas de aperfeiçoamento e melhorias na prática docente. As turmas contêm alunos de zona urbana e de zona rural com idades entre 13 e 16 anos.
A turma de 4º ano, que acabei envolvendo na aplicação das atividades, apesar de esta proposta ser mais voltada aos alunos de 6º ao 9º anos, deu-se a partir de meu grande envolvimento com este conteúdo. Além disso, há a necessidade e as exigências a que estão e serão também submetidos mais tarde de reconhecimento, construção de gêneros a determinados fins. É, contudo, óbvio que, com esta turma, as atividades foram bem direcionadas para que não sentissem uma cobrança forte. Meu 4º ano é composto de 26 alunos de 9 e 10 anos. São bastante agitados, falantes, mas muito espertos, criativos e independentes, uma boa parte deles. São alunos da zona urbana e a grande maioria acaba convivendo com muitos gêneros, pois estão em contato direto com a internet e com variedades de livros. São bons leitores e rendem muito.
Justificativa
É nítido o envolvimento de nossos alunos e de todos nós com a diversidade textual. Apesar de ser tão antigo esse estudo, é notável como agora eles fazem mais sentido e ativam a sua relevância. Conhecer o porquê de utilizar um objetivo e não outro na construção do gênero em função de determinada situação discursiva é um desafio para qualquer um e, para nossos alunos, uma situação necessária e que amplia o conhecimento do usuário efetivo da língua, deixando- o sempre alerta ao que ele realmente pretende fazer. Saber distinguir aonde ele quer chegar, com que finalidade, que público quer atingir faz parte de uma gama de conhecimentos que o indivíduo do século XXI não pode sequer pensar em não se envolver.
Objetivos gerais
 Identificar alguns gêneros textuais presentes e pertinentes à realidade dos estudantes dos níveis de 4º e 8º anos.
 Reconhecer qual (is) os objetivos comunicativos presentes nos textos estudados.
 Entender a importância de se perceber a situação discursiva na criação da competência sociocomunicativa.

Objetivos específicos
 Classificar o gênero estudado e diferenciar suas características peculiares.
 Estudar o gênero poético, com predominância do cordel.
 Estabelecer semelhanças e diferenças entre as tipologias textuais.
 Apreender conceitos que formam base para os próximos estudos e leitura e produção de quaisquer textos.
 Confeccionar livrinhos de gêneros, com reescritas e construções textuais.
 Entender o que é um suporte textual para melhor utilizar a variedade linguística.
Textos e obras explorados
 Cordel “Satanás trabalhando no roçado de São Pedro” de José Costa Leite, presente no TP, páginas 76 e 77
 Cordel de João Martins de Athayde, presente no Avançando na Prática nas páginas 84, 85 e 86
 Horóscopo da revista Toda Teen e da revista Marie Claire.
 Relato (O caso Miguel)
 Dissertação “O salário mínimo” de Jô Soares da página 195 do TP, adaptada à ideia do Avançando na Prática da página 115.
 Artigo jornalístico, anúncio, poema e horóscopo presentes no Avançando na Prática nas páginas 64 a 67.
 Livro Felpo Filva de Eva Furnari
 Classificados e Classificados poéticos do AAA3.
 Slide de intertextualidade (anúncios criados a partir de filmes)
Metodologia
• Leitura do livro Felpo Filva e reconstruções coletivas e/ou individuais de livros com biografias, manuais de instrução, listas, cartas, poemas, mensagens de e-mail, bulas de remédio, fábulas e receitas- turma de 4º ano.
• Construção do caderno de seis gêneros (presente/ homenagem feito para as mães, contendo a biografia da mãe, uma receita da supermãe, uma oração, uma carta, um poema e acróstico de texto)-turma de 4º ano.
• Criação de Classificados- atividade presente no AAA3 e adaptada ao estudo do Universo- conteúdo da turma do 4º ano.
• Apresentação de cordéis e construção de folhetos apropriados para o gênero, expostos em varais-turma de 8º ano.
• Transposição de gêneros (Um trabalho de intertextualidade com o texto de Jô Soares- criação de 8 gêneros: bula, notícia, poema, cordel, receita, manual de instrução, carta e história em quadrinhos)-turmas de 8º ano.
• Atividades de interpretação individuais e coletivas.
• Aulas expositivas e dialogadas.
Cronograma
A aplicação das atividades vem acontecendo desde o dia 04 de maio e algumas estão ainda em fase de finalização.
Avaliação
• Minha avaliação sobre esse processo foi formativa, observando através das atividades realizadas o que as classes puderam produzir com eficácia e autonomia.
• A construção dos livros, cadernos, folhetos e apresentações.



ATIVIDADES APLICADAS
1=Seção 3
Uma subclassificação
do gênero poético: o cordel

Caracterizar uma das formas de realização do gênero poético: o cordel.
Objetivo
da seção
Para darmos continuidade a uma reflexão sobre o gênero poético, vamos analisar uma das formas de sua ocorrência, o cordel. É um gênero textual que apresenta algumas semelhanças e algumas diferenças com os poemas já estudados.
O cordel é uma atividade de contar histórias que vem desde a Idade Média e, no Brasil, é muito mais difundido na região Nordeste do que em outras partes.
O nome “cordel” teve origem em Portugal, na Idade Média, porque os folhetos ficavam pendurados por cordões ou barbantes, em exposição. O mesmo hábito – e nome – continuou nas feiras do nordeste brasileiro, onde, ao mesmo tempo em que os folhetos são vendidos, os versos são declamados.
Nesses textos, um narrador, geralmente anônimo, conta suas experiências para transmitir um ensinamento moral, uma sugestão de vida. O anonimato, no entanto, foi uma característica histórica que ao longo do tempo foi se perdendo e hoje não é mais relevante.
Para entender esse gênero, vamos ler as estrofes iniciais do texto Satanás trabalhando no roçado de São Pedro, de autoria de José Costa Leite.
Satanás trabalhando no roçado de São Pedro

O homem que é poeta
dorme tarde, acorda cedo
embora não rime bem
eu vou traçar o enredo
do Satanás trabalhando
no roçado de São Pedro.

É uma pequena história
há muito tempo passada
que não me lembro da era
e nem se foi inventada
no tempo que Satanás
trabalhava na enxada.

Dizem que o Satanás
botou um grande roçado
e danou-se a trabalhar
que ficou todo suado
quase morria de fome
e não tirou resultado.

Naquele tempo São Pedro
levava uma vida dura
trabalhando na enxada
cultivando agricultura
e tudo quanto plantava
chegava em grande fartura

Satanás era disposto
e na enxada era macho
trabalhava com vontade
de ver São Pedro por baixo
mas todo seu sacrifício
via descer d' água abaixo.




Atividade 7
Esse cordel apresenta algumas características peculiares ao gênero. Vamos identificá-las ao responder às seguintes perguntas:
a) De quantos versos se compõe cada estrofe? Quantas sílabas há em cada verso? (Não se esqueça de que, para a métrica, contamos até a ultima sílaba tônica e desprezamos as demais.)
b) Escreva, com suas palavras, o tema de que trata o poema.
c) Os personagens desse poema são conhecidos em outro campo do conhecimento. Qual?
d) Como o poeta se apresenta no texto do cordel? O que ele se dispõe a fazer?


A partir de suas respostas à atividade acima, podemos reconhecer algumas características formais do cordel:
• Os versos mais populares são as sextilhas (estrofes com seis versos) setessilábicas (com sete sílabas em cada verso). Mas também são populares as quadras e as estrofes de dez versos. Mais modernamente, a estrutura formal deixou de ser tão rígida.
• O cordel, tradicionalmente, conta uma história, como você pôde perceber. Essas histórias costumam narrar as dificuldades e sofrimentos de um herói que, ao final, triunfa e será recompensado.
• A história narrada, geralmente, apresenta uma situação de equilíbrio, desenvolve um conflito e termina restaurando o equilíbrio.
• Como você também pôde perceber, o cordel remete freqüentemente a passagens bíblicas ou "fantasia" lutas e conflitos entre o bem e o mal, em que o bem sempre vence.
• Por manter um vínculo estreito com a oralidade, muitas vezes, o poeta "chama" o leitor/ouvinte para tomar posição quanto ao tema. E para isso, ele se "apresenta" no texto, como no exemplo acima.

Complementação das atividades propostas pelo TP
e- Qual é a finalidade deste cordel? E dos cordéis em geral?
f-Que objetivo comunicativo este cordel tem para com seu leitor/ouvinte?
( )narrar ( )poetar ( )instruir ( )argumentar ( )expor ( )relatar
g-Cordel é um gênero textual? Por que recebeu esse nome, você sabe?
h- Qual é o suporte mais comum para esse gênero?
i- Como é a estrutura desse gênero?Como ele se apresenta?De que forma?
j- O texto estudado passa que visão de mundo?
Estudo Gramatical:
A) Separe as orações com lápis colorido. Quantas orações possui o cordel?Como você chegou a tal conclusão?
B) Quais são os sujeitos presentes em cada estrofe? Identifique-os e classifique-os.
C) Qual é o sujeito do cordel estudado? Classifique-o.
D) Circule os verbos e classifique-os como:
• Verbos que indicam ação
• Verbos que indicam estado
• Verbos impessoais
E) Classifique os predicados referentes aos versos 1, 7, 10, 12, 16, 22, 25, 30.
F) Encontre, no cordel, uma Oração sem Sujeito.

Produção textual

Observe as características formais de um cordel. Pense em um bem e em um mal em sua vida ou comunidade. Faça um cordel em duplas para ser cantado em sua sala e exposto em folhetos no varal.
Bom trabalho!














2=O Caso Miguel
RELATO N° 01 – DE SUA MÃE
Miguel levantou-se correndo, não quis tomar café e nem ligou para o bolo que eu havia feito especialmente para ele. Só apanhou o maço de cigarros e a caixa de fósforos. Não quis colocar o cachecol que eu lhe dei. Disse que estava com pressa e reagiu com impaciência a meus pedidos para se alimentar e abrigar-se direito. Ele continua sendo uma criança que precisa de atendimento, pois não reconhece o que é bom para si mesmo.
Após esse relato, como o grupo percebe Miguel?

O Caso Miguel
RELATO N° 02 – DO GARÇON DA BOATE
Ontem à noite, ele chegou aqui acompanhado de uma morena, bem bonita, por sinal, mas não deu a mínima bola para ela. Quando entrou uma loira, de vestido colante, ele me chamou e queria saber quem era ela. Como eu não conhecia, ele não teve dúvidas: levantou-se e foi à mesa falar com ela. Eu disfarcei, mas só pude ouvir que ele marcava um encontro, às 9 da manhã, bem nas barbas do acompanhante dela. Sujeito peitudo!
Após esse relato, como o grupo percebe Miguel?

O Caso Miguel
RELATO N° 03 – DO MOTORISTA DE TAXI
Hoje de manhã, apanhei um sujeito e não fui com a cara dele. Estava com cara amarrada, seco, não queria saber de conversa. Tentei falar sobre futebol, política, sobre o trânsito e ele sempre me mandava calar a boca, dizendo que precisava se concentrar. Desconfio que ele é daqueles que a pessoa chama de subversivo, desses que a polícia anda procurando ou desses que assaltam motorista de táxi. Aposto que anda armado. Fiquei louco para me livrar dele.
Após esse relato, como o grupo percebe Miguel?

O Caso Miguel
RELATO N° 04 – DO ZELADOR DO EDIFÍCIO
Esse Miguel, ele não é certo da bola, não! Às vezes cumprimenta, às vezes finge que não vê ninguém. As conversas dele a gente não entende. É parecido com um parente meu que enlouqueceu. Hoje de manhã, ele chegou falando sozinho. Eu dei bom dia e ele me olhou com um olhar estranho e disse que tudo no mundo era relativo, que as palavras não eram iguais para todos, nem as pessoas. Deu um puxão na minha gola e apontou para uma senhora que passava. Disse, também, que quando pintava um quadro, aquilo é que era a realidade. Dava risadas e mais risadas… Esse cara é um lunático!
Após esse relato, como você percebe Miguel?

O Caso Miguel
RELATO N° 05 – DA FAXINEIRA
Ele anda sempre com um ar misterioso. Os quadros que ele pinta, a gente não entende. Quando ele chegou, na manhã de ontem, me olhou meio enviesado. Tive um pressentimento ruim, como se fosse acontecer alguma coisa ruim. Pouco depois chegou a moça loura, Ela me perguntou onde ele estava e eu disse. Daí a pouco ouvi ela gritar e acudi correndo. Abri a porta de supetão e ele estava com uma cara furiosa, olhando para ela cheio de ódio. Ela estava jogada no divã e no chão tinha uma faca. Eu saí gritando: Assassino! Assassino!
Após esse relato, como a equipe percebe Miguel?


O CASO MIGUEL

RELATO DO PRÓPRIO MIGUEL SOBRE O OCORRIDO NESSE DIA.

Eu me dedico à pintura de corpo e alma. O resto não tem importância. Há meses eu quero pintar uma Madona do século XX, mas não encontro uma modelo adequada, que encarne a beleza, a pureza e o sofrimento que eu quero retratar. Na véspera daquele dia, uma amiga me telefonou dizendo que tinha encontrado a modelo que eu procurava e propôs nos encontrarmos na boate. Eu estava ansioso para vê-la. Quando ela chegou fiquei fascinado; era exatamente o que eu queria. Não tive dúvidas. Já que o garçom não a conhecia, fui até a mesa dela, me apresentei e pedi para ela posar para mim. Ela aceitou e marcamos um encontro no meu ateliê às 9 horas da manhã. Eu não dormi direito naquela noite. Me levantei ansioso, louco para começar o quadro, nem pude tomar café, de tão afobado.
No táxi, comecei a fazer um esboço, pensando no ângulo da figura, no jogo de luz e sobra, na textura, nos matizes… Nem notei que o motorista falava comigo.
Quando entrei no edifício, eu falava baixinho. O zelador tinha falado comigo e eu nem tinha prestado atenção. Aí, eu perguntei: o que foi? E ele disse: bom dia! Nada mais do que bom dia. Ele não sabia o que aquele dia significava para mim. Sonhos, fantasias e aspirações…. Tudo iria se tornar real, enfim, com a execução daquele quadro. Eu tentei explicar para ele que a verdade era relativa, que cada pessoa vê a outra à sua maneira. Ele me chamou de lunático. Eu dei uma risada e disse: está aí a prova do que eu disse. O lunático que você vê, não existe. Quando eu pude entrar, dei de cara com aquela velha mexeriqueira.
Entrei no ateliê e comecei a preparar a tela e as tintas.
Foi quando ela chegou. Estava com o mesmo vestido da véspera e explicou que passara a noite em claro, numa festa.
Aí eu pedi que sentasse no lugar indicado e que olhasse para o alto, que imaginasse inocência, sofrimento… que….
Aí ela me enlaçou o pescoço com os braços e disse que eu era simpático. Eu afastei seus braços e perguntei se ela tinha bebido. Ela disse que sim, que a festa estava ótima, que foi pena eu não ter estado lá e que sentiu minha falta. Enfim, que estava gostando de mim. Quando ela me enlaçou de novo eu a empurrei e ela caiu no divã e gritou. Nesse instante a faxineira entrou e saiu berrando: Assassino! Assassino!
A loura levantou-se e foi embora. Antes me chamou de idiota. Então, eu suspirei e disse: ah, minha Madona!..
AUTOR DESCONHECIDO

Faça as questões com atenção :
1-Antes de ler os trechos relacionados a cada personagem, responda ao questionamento no fim de cada relato.

1º)
2º)
3º)
4º)
5º)

2-A que conclusões podemos chegar com a versão do próprio Miguel?

3_Explique a seguinte afirmativa e veja o que ela tem a ver com este texto: “O olhar alheio não reconhece as verdades individuais.”

4-Complete as questões com as respostas sobre “O caso Miguel”:
Objetivo comunicativo do texto
Gênero textual
Suporte
Público
leitor em potencial



5-Complete as lacunas do trecho com predicados verbais:
Miguel _______________________________quando foi abordado por sua mãe. Ela ____________________________________naquele dia. Nenhum dos personagens desse relato______________________________________ e acabaram manchando a imagem que pudéssemos ter de Miguel. Ao final, Miguel _______________________________________________________.

6-Agora, complete-o novamente.Entretanto, use predicados nominais:
Miguel _______________________________quando foi abordado por sua mãe. Ela ____________________________________naquele dia. Nenhum dos personagens desse relato______________________________________ e acabaram manchando a imagem que pudéssemos ter de Miguel. Ao final, Miguel _______________________________________________________.
7-Qual predicado difere dos demais? Explique o porquê e seja claro(a) em sua resposta.
a) ( )O garçom da boate ouviu a marcação do encontro.
b) ( )Miguel levantou ansioso naquele dia.
c) ( )O zelador do edifício não entendeu o humor de Miguel.
d) ( )A faxineira ouviu o grito da moça.
R.:____________________________________________________________________________________________________________________________¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬_________________¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬-______________________________________________
8-No relato de Miguel, qual tipo de sujeito é predominante?
______________________________________________________________________________________________________________________________
9-Identifique e classifique o sujeito das orações:
a-Relataram sobre Miguel, a mãe, o garçom, o motorista, o zelador e a faxineira.
b-Marcamos um encontro no ateliê.
c-Estava com o mesmo vestido da véspera.
d-Fazia tempo que não procurava uma Madona.
e-Entenderam mal a história.

10-Classifique os predicados presentes nos relatos:
a-Esse cara é um lunático.
b-Me olhou meio enviesado.
c-Ele continua sendo uma criança.



3=Transposição de gêneros
Após a leitura do texto da página 195, faça um trabalho de intertextualidade, produzindo novos gêneros:
 bula, notícia, poema, cordel, receita, manual de instrução, carta e história em quadrinhos.
Esse trabalho foi muito produtivo e os alunos tiveram como base um slide de intertextualidade com os nomes de filmes e os anúncios do material do Módulo 1, mantendo a intertextualidade com Chapeuzinho Vermelho.













4=Turma: 4º ano
Atividade do AAA3 (adaptada)
 Leia o texto 1 com muita atenção:
CLASSIFICADOS
CORREIO BRAZILIENSE
Brasília, segunda-feira, 03 de abril de 2006
Móveis e estofados
Compra e venda móveis e eletros em geral. Arca, TV, fogão, geladeira, camas. 3354-1857/ 8439-1915


1-Você sabe que nomes podem receber textos como este?
2-Em que local ele costuma aparecer?
3-Para que este texto serve?
4-Quem, normalmente, escreve esta espécie de texto?
5-Quem, normalmente, lê esta espécie de texto?
6-Este texto é real ou é fantasioso? Como você chegou a esta conclusão?
7-Então, vamos lá! Faça um texto semelhante a este e utilize como objeto de venda ou compra lago que tenha em sua sala de aula.


 Agora é a vez do texto 2:
Anúncio do Zoornal 1
Troca-se galho d’árvore
Novo em folha, vista pra mata
Por um cacho de banana
Da terra, nanica ou prata.
(Sérgio Caparelli)


1-Quem é o autor desse texto?
2-Este texto se parece com o primeiro? Em quê?
3-Este autor nos coloca no campo da realidade ou da fantasia?Comente.
4-Que expressões desse texto mostram que ele pode ser um classificado?
5-Observem o título. A palavra Zoornal existe? Como ela é formada?
6-Nesse caso, o nome dado a esta espécie de texto é Classificado Poético. Será que a intenção deste é a mesma do primeiro?
7-Então, faça o seu classificado poético. Venda, troque, alugue, compre coisas que não podem ser compradas, alugadas como sentimentos por exemplo. Seja bem criativo. Vamos colocar no mural dos classificados.


PARA CASA
Vamos ler um texto e, a partir dessa leitura, respondam as questões:
Classificado Poético

Atenção! Compro gavetas,
Compro armários,
Cômodas e baús.

Preciso guardar minha infância:
Os jogos da amarelinha,
Os segredos que me contaram
Lá no fundo do quintal.

Preciso guardar minhas lembranças:
As viagens que não fiz,
Ciranda, cirandinha
E o gosto de aventura
Que havia nas manhãs.

Preciso guardar meus talismãs:
O anel que tu me deste
O amor que tu me tinhas
E as histórias que eu vivi.
(Retirado do livro Classificados Poéticos de Roseana Murray)

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1-Para que serve um classificado?Onde, normalmente, se encontram os classificados?
2-Você acha que este classificado tem a intenção comercial, ou seja, de compra e venda real? Explique.
3-E este classificado, você acha que foi publicado onde?Em um jornal ou em um livro?Por quê?
4-Por que a pessoa que fala nesse texto (eu- lírico) tem necessidade de gavetas?O que ele ou ela estaria perdendo?
5-A poeta faz referência a vários tipos de brincadeiras e textos de infância. Faça um quadro em seu caderno, ilustrando como são essas brincadeiras ou textos.
6-Apesar de ter características como o texto Zoornal, há uma diferença básica entre os dois. Qual é?
7-Agora, vamos fazer também classificados e montar uma página de anúncios. Imaginem que vocês precisem vender , comprar ou alugar algo como: um piano, uma bicicleta um cachorro, etc. Seja criativo na confecção de seu classificado poético.

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Classificados Poéticos

Menino que mora num planeta
Azul feito a cauda de um cometa
Quer se corresponder com alguém
De outra galáxia.
Nesse planeta onde o menino mora,
As coisas não vão tão bem assim:
O azul está ficando desbotado,
E os homens brincam de guerra.
É só apertar um botão
Que o planeta Terra vai pelos ares...
Então o menino procura com urgência
Alguém de outra galáxia
Para trocarem selos, figurinhas e esperanças.
(Retirado do livro Classificados Poéticos de Roseana Murray)


Responda:

1-Quem seria este menino? Que características ele apresenta?
2-Qual é o objetivo desse menino ao querer se corresponder com alguém de outra galáxia?
3- Você sabe qual é o nome de nossa galáxia? Por que recebeu esse nome?
4-Explique o que você entendeu pelos versos 7, 8, 9 e 10.
5-O último verso classifica este texto como classificado poético. Por quê?
6-Que esperanças o menino pode querer trocar?
7-Por que o planeta do menino é azul?
8-Vamos criar o classificado neste mesmo ritmo? Escolha o planeta ou local do universo que mais lhe atrai e faça seu classificado poético, falando sobre problemas climáticos na Terra como terremotos e tsunamis.(Vai pro mural, ok?)


Resposta poética


Habitante de outra galáxia
Aceita corresponder-se com o menino
Do planeta azul.
O mundo desse habitante é todo
Feito de vento e cheira a jasmim.
Não há fome nem há guerra
E, nas tardes perfumadas,
As pessoas passeiam de mãos dadas
E costumam rir à toa.
Nessa galáxia ninguém faz a morte,
Ela acontece naturalmente
Como o sono depois da festa.
Os habitantes não mentem
E por isso os seus olhos
Brilham como riachos.
O habitante da outra galáxia
Aceita trocar selos e figurinhas
E pede ao menino
Que encha os bolsos, mas também as mãos
E os cabelos, a voz o coração,
Que a doença do planeta azul
Ainda tem solução.

(Retirado do livro Classificados Poéticos
de Roseana Murray)
1-Que diferenças você pode perceber entre as galáxias?
2-Como você imaginou esta galáxia? Tente ilustrar um planeta desta galáxia.
3-Você gostaria que nosso planeta tivesse características assim?
4-Qual é a doença do planeta azul? Você concorda que ainda tem solução?
5-Imagine uma resposta do habitante do planeta para onde você mandou seu classificado. O que você acha que ele responderia poeticamente?

5=Reconstrução do livro Felpo Filva de Eva Furnari














Lagoa Dourada, 20 de maio de 2011

2 comentários:

  1. Flávia, o blog está ótimo! Parabéns!
    Gosto de vir aqui para ver suas sugestões de atividades (que são sempre muito legais)! ;)
    Abraços,
    Catley

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  2. Oh, Cat....Leitora fiel!!!
    Obrigada sempre.Abração.

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