quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Atividades desenvolvidas- Variação Linguística


8º ano- Poema à Língua Portuguesa
A língua portuguesa que amo tanto
Que canto enquanto encanto-me ao ouvi-la
Em cada canto é fala, é riso, é pranto
E nada há que a cale e que a repila.

É essa língua tórrida e faceira
Inebriante e meiga e doce e audaz
Que envolve e enleia a gente brasileira
E quem a utiliza é quem a faz.

É a língua dos domingos, no barzinho
A mesma das segundas, no escritório
A que fala o andrajoso, no caminho
E o cientista, no laboratório.

É a mesma língua, embora evoluída,
Que veio de outras terras com Cabral
Escrita por Caminha, foi trazida
Na descoberta do Monte Pascoal

Não há quem fale errado ou fale mal
De norte a sul, é belo o que é falado
Na língua de Brasil e Portugal.
Para julgar quem fala certo ou fala errado

Não há no mundo lei, nem haverá:
Quem faz da fala língua, é quem a fala
Gramática nenhuma a calará
Gramático nenhum irá cegá-la!

Oldney Lopes
Que nosso ano seja bastante produtivo!!!   Flávia Regina /2011

#Conversa informal:Qual é o alvo de crítica do autor e por quê?

                        Falar mal, o caminho da exclusão
         Aceitar os erros de português, valorizando os usos e costumes orais é justificável academicamente. No caso brasileiro, tornou-se questão da esfera do politicamente correto desde que Luiz Inácio Lula da Silva virou presidente da República sem deixar de tropeçar em concordâncias e regências.
         Pega mal - muito mal, aliás -­ abordar criticamente os deslizes primários de Lula na norma culta. Rebatem-se as críticas com considerações sobre o preconceito, falta de respeito com o povo, insensibilidade social. O problema é que, para o cidadão comum, não existe anistia gramatical. O mercado profissional e o ambiente educacional não perdoam.
        Goste ou não, para prosperar num emprego, o indivíduo é obrigado a falar corretamente, pelo menos sem erros vexaminosos. É algo parecido com se vestir adequadamente. Na seleção profissional, os entrevistados medem o candidato pela capacidade de articulação e expressão. É o primeiro quesito eliminatório.
      Os gramáticos mais flexíveis lançam arrazoados interessantes sobre a incorporação do falar na norma culta. Há quem aceite tudo ou quase tudo. O debate, porém, não é acadêmico: quem estuda está interessado em obter um emprego. E sabe que a flexibilidade no falar, fora do círculo dos amigos, é devastadora para quem deseja ser respeitado profissionalmente.
      Não falar bem, escorregando em normas básicas, é uma defasagem aos olhos de quem emprega e de quem aprova nos testes escolares. É tão grave na lógica do mercado quanto não lidar com códigos digitais contemporâneos. Faz parte do caminho da exclusão.
                      Gilberto Dimenstein,jornalista e membro do Conselho Editorial da Folha de S. Paulo
            Responda:
1-Você acha que existe linguagem errada?Explique.
2-Será que nosso ex-presidente Lula poderia representar uma ameaça para o ensino de língua portuguesa nas escolas do Brasil?
3-O que você sabe sobre língua culta?E qual é a sua opinião sobre o assunto?
4-A anistia gramatical existe em seu meio social?Comente.
5-O caminho da exclusão está em falar mal.Dê sua opinião minuciosa e bem pensada a respeito dessa afirmativa?
6-O texto é totalmente passível de erros ou absolutamente correto?
7-A que gênero esse texto pertence?Como você sabe?
*Veja outra opinião sobre o “acometimento de erros de Lula”:
            “Lula já cometeu mais deslizes, ainda comete alguns, que professores também cometem. FHC, que usava um registro mais formal teria, então, influenciado crianças de Norte a Sul do país. Xuxa falava tudo com X- mães e educadores ficaram preocupados, mas não houve interferência nenhuma.Não votei no Lula, não sou do PT, posso falar com tranquilidade.A linguagem é algo em constante transformação,não um apanhado de exemplos.”
(Maria Thereza F. Rocco, vice-diretora executiva da Fuvest e professora de português da USP)
1-Esse texto de opinião se aproxima ou se distancia mais de sua visão de linguagem?
2-Dê uma explicação sobre: “A linguagem é algo em constante transformação,não um apanhado de exemplos.” Essa citação pode ser encarada como uma crítica?Por quê?
LINGUAGEM E LÍNGUA
            Linguagem é uma capacidade inata que está e que vai muito além de falar ou até mesmo de se comunicar. Todo ser humano tem a linguagem em si , a capacidade de pode crescer dentro de um sistema de códigos e exprimir por meio dele seus pensamentos e sentimentos.

A língua já é diferente. Ela encontra-se dentro da linguagem.Além de ser um meio de interação social , a língua também é uma forma de identidade cultural e grupal. Falar a mesma língua de outra pessoa geralmente equivale a ter com elas muitas coisas em comum: referências culturais , esportivas , musicais , hábitos alimentares. A língua é , portanto , elemento importante da criação de uma identidade de um povo ou de um grupo social.Não é só isso .E mais além ainda dessa  identidade, a língua revela também muito do que somos afetivamente, agressivamente, na formalidade , na gentileza , na educação , individualmente.Ou seja, por mais que eu fale a mesma língua que outra pessoa ou grupo, nada tira minha identidade linguística!

QUANTAS LÍNGUAS TEMOS?
Muitas...Vejamos,a princípio, as mais conhecidas no mundo da gramática...
LÍNGUA ORAL E LÍNGUA ESCRITA
Veja o poema abaixo e tente entender um pouco mais sobre esse assunto:
Aula de Português
                                                          Carlos Drummond de Andrade

A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.

Entendendo o texto:
1-Qual é a diferença entre linguagem e língua?
2-O que se entende por:
a-“superfície estrelada de letras”
b-“desmatando o amazonas de minha ignorância”
3-Explique:”O português são dois; o outro , mistério.”
Diferencie língua oral de língua escrita com riqueza de detalhes.


***Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala.
Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender,
purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu
si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri
quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas
palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão
pur exemplu. Quê coisa mais doida? Num bate nada cum
nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto
diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis.
Quem soubé falá sabi iscrevê.
(Jô Soares)

***Que intenção de Jô Soares fica evidente  neste texto?


É preciso se ater às peculiaridades da língua falada, o que somente um nativo tem conhecido aprofundado e aguçado.
            Com base nisso , veja a seguinte piada:

No guichê da Rodoviária de São Paulo, o português presta atenção na
forma como o brasileiro que está na sua frente pede uma passagem ao
vendedor:
- Aparecida, ida.
Finalmente, chega a vez de o português pedir a sua passagem.
Resoluto, certo de que aprendeu como deve proceder, ele se dirige ao
vendedor:
- Ubatuba, uba.
            Como é um texto oral fica clara a intenção do nativo da língua e fácil a possibilidade de confusão de um estrangeiro.
            *Mas , e se o texto não estiver na esfera da oralidade?E se a confusão só se desfizer mediante a escrita?

Leia o texto abaixo e responda o que é relevante com relação à língua oral e à língua escrita.
Excelentíssimo Sr. Juiz
Certa vez, ao transitar pelos corredores do fórum, fui chamado por
um dos juízes ao seu gabinete.
- Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado, logo na primeira linha do petitório, lia-se:
"Esselentíssimo juiz". Gargalhando, o magistrado me perguntou:
- Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
- Foi sim - reconheci. Mas onde está o erro ortográfico a que o
senhor se refere ?
O juiz pareceu surpreso:
- Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra
excelentíssimo?
Então expliquei-me:
- Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes.
Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o
erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia
alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside
apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria
dizer "esse lentíssimo juiz".
Depois disso aquele magistrado nunca mais aceitou, com
naturalidade, o tratamento de excelentíssimo juiz. Sempre pergunta:
- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como
superlativo de lento?
            (Texto tirado da net)

*Agora é com você:
1-O texto lido faz referência a 3 gêneros textuais distintos. Quais são eles?
2-Onde estava a confusão ocorrida no texto? Desfaça-a.
3-Qual sua opinião sobre  a capacidade de interpretação do advogado e do juiz?
4-O que você achou da atitude desse advogado?
5-Tente pense no jogo de palavras usado pelo autor e classifique quanto à classe de palavras:
a-Excelentíssimo
b-esse lentíssimo

Variação de lugar
Causo Minero

O caboquim cordô cêdo,ispriguiçô,lavô as mão na gamela,limpô uzói, sinxugô,tomô café, pegô a inxada,sivirô pra muié I falô:
- Muiééé, tô inoprotrabaio.
Quano q'êle saiu da casa,invêiz dií prá roça,ele subiu num pé di manga...
I ficô iscundidim.Di repenti pareceu um homi i foi inté upé di manga...
I nem si percebeu  q'o caboquim tava lá inrriba.Pegô u'a manga...
chupô, pegôta,I maiz ôta...,
I a muié du caboquim chegô na janela i gritô:
- Póvim, ele já foi!
Iu homi largô as manga I sinfurnô dendacasa du caboquim.O caboquim,
danade ráiva, desceu da árvre,pegô um facão i intrô na casa.
Quandele abriu a porta,ele viu o homi bebeno do seu leitim ,juntim da muié cuma mes chiqui de café da manhã .Intonsi levantô u facão e falô:
- Vai morrêêêêê, negão!!!
E num é cuhomi puxô um 38 da cintura I pontô pro caboquim falano:
- Por que eu vou morrê?
E o cabuquim:
- Uai cê chupô trêiz manga i agora tá bebeno do leitim sô...Assim cê vai morrê...Manga cum leite faiz mar, uai!!!


Dicionário paulistanês
Meu – nativo de São Paulo
Shopis – local onde os meu se encontram para compras e lazer
Chôps – bebida preferida dos meu, com o detalhe que é sempre só uma tulipa. Rara palavra paulistana com “S”.
Pastel – o que acompanha o Chôps… só que dois – “Um Chôps e dois pastel!
Mina – meu do sexo feminino
Us cara – aglomerado de meus
Guia – limite do calçamento dos meu
Marcelinho – denominação de carioca aceito pelos meu
Aeroporto – local transcendental onde os meu refletem sobre a existência de letra “S”, vendo “us avião subi e decê”.
Marginal – avenida de grande porte destinada a engarrafamentos
‘Orra, Meu!’ – normalmente, as primeiras palavras dos meu ao nascer
‘Num tô ti inteiindendo’ – expressão muito usada pelas mina para indicar que não inteiiinnnnderam nada.
Uzômi – polícia

*Aula expositiva e participativa sobre o assunto. Textos usados como exemplificação.

Variação quanto ao status social
         Uma certa tradição cultural nega a existência de determinadas variedades linguísticas dentro do país, o que acaba por rejeitar algumas manifestações linguísticas por considerá-las deficiências do usuário. Nesse sentido, vários mitos são construídos, a partir do preconceito linguístico.
Veja este texto de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino, que fala do assunto:

O Poeta da Roça
Sou fio das mata, canto da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de paia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argun menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.
(...)

Você acredita que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia? Patativa do Assaré era analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.
Pensando no texto:
1-Que tipo de preconceito fica claro na obra de Patativa do Assaré?
2-O que sua obra tem a ver com o avanço da internet?
3-Como um texto de um analfabeto pode atravessar oceanos? O que isso quer dizer?
4-O que se entende por: estio , choupana, cobre , sabença?
5-Explique , com suas palavras, o que você entendeu desse poema?


Variação quanto à idade
Retrato de velho
Tem horror a criança. Solenemente,faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro,para vingar-se de seus ralhos intempestivos.Menino é bicho
ruim, comenta. Ao chegar a avô,era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.No trocar de roupa, atira no chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para lavar. Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta,vasculha,retira o que é seu, lava-o, passa-o. Mal, naturalmente.
– Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro, para evitar que ele desperdice água.
Espanta-se com os direitos concedidos às empregadas. Onde já se viu? Isso aqui é o paraíso das criadas. A patroa acorda cedo para despertar a cozinheira. Ele se levanta mais cedo ainda, e vai acordar a dona de casa:
– Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!
As empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença ainda é mais terrível.As netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido de mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que pouca-vergonha é essa? Esse bandalho aí conspurcando o leito de uma virgem? Ou quem sabe se nem é mais virgem?
– Vovô, o senhor é um monstro!
E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa.
A senhora deixa suas filhas irem ao baile sozinhas com rapazes?Diga, a senhora deixa?
– Não vão sozinhas, vão com os rapazes.
– Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo
quanto é festa.
– Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.
– É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!
Não se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é
guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três meses, e nova
mudança, nas mesmas condições. O velho é duro:
– Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! – queixa-se ao sair.
Mas volta.
– Descobri que paciência é uma forma de amor – diz-me uma das
filhas, sorrindo.
                ANDRADE, Carlos Drummond de. Retrato de velho. In A bolsa & a vida. Rio de Janeiro, 1962. p. 207
1-Que tipo de narrador aparece nessa crônica?
2-Indique passagens que exemplifiquem:
a-outros personagens apresentando características do “velho”
b-atitudes e falas do velho que falam por si mesmo.
3-Que sentido faz para você os fatos estarem apresentados no passado e os verbos no presente.
4-Que sentimentos das pessoas para com esse velho ficam evidenciados no texto?
5-No texto há várias passagens de humor.Indique ,pelo menos , duas situações em que isso acontece.
6-Que intenções o autor teve ao escrever essa crônica?
7-Você sabe o que é crônica?Descreva algumas características desse gênero textual.

Variação com relação à situação em que estamos vivendo
No livro 9 cois@as que eu odeio em você, escrito por Márcia Kuptas, reúne mensagens imaginárias escritas pelos personagens criados pela autora.A ideia que Márcia TVE foi: “Depois que um adolescente começa um namoro, como seriam os e-mails que ele (a) enviaria a sua apaixonada (o)”?
            Leia abaixo a reprodução,com algumas adaptações, de uma das mensagens enviada por Eduardo a Liliana:
                                                       Serviçu diprimera
Segunda coisa q eu odeio em vc
Liliana:
Eu podia começar esse e-mail dizendo q a segunda coisa q eu odeio em vc é q vc naum respondeu o e-mail q eu mandei sobre a primeira coisa...
         Ah-Ah.isso é pra ser piada viu?Agora vamos ver se vc deixa de bobagem,toma jeito e responde meu e-mail.
         Viu q eu escrevi jeito direito?Pq foi mto mal educado hoje de manhã a primeira coisa de vc me falar era q eu escrevi “jeito” e “bobajem” errado no meu e-mail.Poxa , eu falei tanta coisa sobre a gente, o jogo de futebol e a segunda –feira e vc vem me esculachar só por causa de um  jeitozinho mais sem vergonha?
        Tá bom , eu concordo q vc faz parte do “Defenda o Português”, o grupo q a profª Anita fundou.É do caramba,o pessoal q sai por aí copiando e fotografando placa errada e corrigindo. Já ri de montão com cada absurdo q vcs descobriram e colocaram no mural.(Tinha uma fotografia q era Serviçu Diprimera,na porta da borracharia.Imagino um karro com as rodas tortas , estropiadas, saindo de lá.(...)
        Mas v se naum ficam pegando no pé de todo mundo, né,Liliana!
        Pq aí, o que q pode ser engraçado vai é ficar um...(só naum escrevo palavrão pq sô educado.Mas fica mesmo, vê lá se naum fica)
       Só q nada  disso eu queria falar, sobre a segunda coisa q eu odeio em vc.
                                            Eduardo

1-Você se corresponde ou já se correspondeu por e-mail com alguém?
2-Em caso de resposta positiva ,a o que você achou da experiência?
3-Caso numa tenha mandado um e-mail , como você acha que deve ser feito?Com que gênero textual se parece o e-mail?
4-O que mais chamou a atenção de Liliana no e-mail enviado por Eduardo?
5-Por que Eduardo reclama da atitude de Liliana?Qual trecho do texto justifica sua resposta?
6-Releia o comentário de Eduardo sobre a placa Serviçu Diprimera . O que ele imagina sobre quem usa uma placa escrita desse modo?
7-E você,o que pensa a respeita?
8-Você percebeu alguma alteração de vocábulos nesse texto? O que lhe chamou atenção? Você corrigiria? Justifique.
9-Que mensagem podemos tirar desse texto sobre o uso da nossa língua portuguesa?
10-Imagine que , ao enviar a resposta para Liliana, Eduardo enganou-se e encaminhou-a para você.Em vez de simplesmente desconsiderar a mensagem , você resolveu entrar na conversa.
Responda ao e-mail de Eduardo.
Como não será possível enviar a mensagem para os personagens,você e seus colegas farão a troca e a análise dos comentários entre vocês .Lembre-se de não se esquecer de que o mais importante em uma mensagem é ser claro naquilo que se quer dizer.

Produção de texto nas mesmas turmas.
Assistir ao vídeo:
*Chico Bento no shopping
*Assistir ao PPS: dicionário mineirês-português
Objetivo:
Fazer um apanhado de , no mínimo, 10 palavras e/ou expressões (individualmente)  para montarem , na próxima aula , em grupos, os dicionários:

Antiguês/ Jovês/ Girês/ Internetês/ minirês/paulistanês/ gauchês



                                                      







*Para finalizar a aplicação das lições de casa, desenvolvimento do Avançando na prática das págs. 36 a 40.
*Assistir ao filme “O Bem Amado”
*Estudo do trecho:
Mestre Ambrósio – Vamos molhar um pouco a goela na venda de seu Dermeval,
Zelão.
Zelão – É bom.
Dermeval (indicando o defunto) – Mestre Leonel?
Mestre Ambrósio – É, embarcou, coitado.
Dermeval (Dirige-se à venda.) – No mar?
Mestre Ambrósio – Qui-o-quê. Janaína quis saber dele não. Esticou em
terra mesmo.
Zelão – É-de-hoje que não entrava num saveiro. Mal agüentava com um caniço.
Quase cem anos no costado, sabe como é.
Mestre Ambrósio – Tava que nem saveiro velho, cheio de ostra pelo casco,
fazendo água por todo lado. Precisava mesmo ir pro estaleiro.
Dermeval – Também entornava um bocado.
Mestre Ambrósio – Pra esquecer. Sabe o que é um mestre de saveiro respeitado
como ele foi chegar ao fim da vida tendo quase que pedir esmola?
Zelão – A gente dava para ele as sobras da pescaria: pititinga, chicharro,
peixe miúdo.
Meste Abrósio – Morreu sem ter dinheiro nem pro caixão.
Dermeval – Tinha parente não?
Mestre Ambrósio – Ter, tinha. Botou um bocado de filho no mundo, o falecido,
que a terra lhe seja leve. Mas tudo levantou âncora. Uns foram pra Salvador, outros
pra São Paulo. Por aqui só aparecia mesmo, de vez em quando, a filha mais nova.
Uma que caiu na vida.
Zelão – E que pedaço de mau caminho, seu mano! Tenho uma sede nela!
Mestre Ambrósio – Oxente, Zelão, respeita o defunto!
GOMES, Dias. O Bem-Amado. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. p.14-15.
Atividades:
1-Fazer um folder literário, contendo os seguintes passos:

Autor
Editora
Ambiente
Personagens
Protagonista
Antagonista
Acontecimentos importantes
Clímax
Desfecho
Resumo
Ilustração




2-Dramatização improvisada

3-Interpretação



INTERPRETAÇÃO  DO  FILME : O BEM – AMADO (8º  ANO)
Estudante:_____________________________________
Turma:_________  L.PORTUGUESA     Boa  Sorte !!!
1-O que Odorico Paraguaçu objetivava em seu governo?Por quê?Que artimanhas fez para atingir ideais?
2-Por que Odorico inventava tanta palavras como: “apenasmente, difuntice, valentoso, prafrentemente”, etc...?Você acha que ele tinha alguma finalidade com isso?Comente.
3-Que problemas sociais foram retratados no filme?
4-Estudamos quatro tipos de variação linguística: uma que mostra uma variação pelo status social, uma relativa ao lugar onde mora o falante, outra pela situação em que estamos e outra referente ao tempo(idade).Veja as passagens do filme e diga a que variação se refere:
a-“Um cemitério em que se planta macaxeira não é cemitério.É uma plantação de macaxeira.”
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b-“O patrão, o empregado,
o analfabeto e o doutor..
(...)Quem vê o lado do pobre
Não esquece do rico
Se é pro bem do povo
Diga ao povo que fico.
Eu fico é com o Odorico”

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c-“Carcará, lá no Sertão,é um bicho que avoa com os pés no chão...”
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d- “O assunto é top secret..”  
“Seu Dirceu e seus borboleteamentos...”
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e-“Ele não vale mil cruzeiros”,”Deito por uns trocados”.
5-Como o jornal A Trombeta conseguiu interferir no arrecadamento de lucros de prefeitura?
6-O que se entende pela expressão dita por Odorico: “recesso necrofílico”?
7-Explique a diferença entre as expressões nos contextos diferentes:
a-“Esses comunistas não vão cassar meu mandato.”
“Vá caçar borboletas ,seu Dirceu!”
b-“O Sr. receberá o primo Ernesto com todas as excelências, não?”
“Vossa Excelência , Sr. prefeito, contribuiu para o avanço de Sucupira.”



 Tabela para Jogo da Memória(Revisão de Classes de Palavras)
         Encontre as melhores duplas no jogo abaixo.Recorte e cole as duplas em seu caderno.Seja paciente e atencioso.Você conseguirá facilmente...(Dica:são 26 pares)
Subst. Próprio

Pronome possessivo
Numeral ordinal
Substantivo composto
O,a,os,as

escreveu
escreve
Verbo de ação
Vossa Excelência

Três décimos
Verbos de estado
Numeral cardinal
esperto

alguém
Pronome de Tratamento
Eu,tu,ele,nós,vós,eles
Artigos definidos

brasileiro
chover
Subst. comum
Um,uma,uns,umas

Este,essa,aquele
Pronome indefinido
Mil e cem
Fenômeno da natureza
batalhão
Numeral fracionário
Subst. Derivado de dente
dobro

Pronome demonstrativo
Brasil
Verbo no presente
Beija- flor

Quem?Que?
atenção
Pronome interrogativo
caneta

Ser,estar
Pronome(s) pessoal(is)
Verbo no passado
Adjetivo pátrio

Artigos indefinidos
Subst. Abstrato
Subst. Coletivo
Numeral multiplicativo
Verbo no futuro
oitavo
escreverá
escrever

Meu,nosso,sua,seu
Adjetivo
dentadura
CRUZANDO AS CLASSES DE PALAVRAS

1-Em nossa língua não há espaço nem para um pequeno preconceito.(adj.)
2-Era uma só língua, porém com muitas variedades.(conjunção)
3-Estudar não são só flores,mas os espinhos nos ensinam muito.(subst.)
4-Posso variar de acordo com o lugar onde moro?(subst.)
5-Variar não é ilusão.Existe mesmo!(subst.)
6-Esse assunto não pode passar em brancas nuvens.(adj.)
7-Aquela forma diferente de falar deve ser respeitada.(pron. demonstrativo)
8-Hoje , não há falares límpidos.(adj.)
9-Falante que respeita a língua do outro mostra brava sabedoria.(adj.)
10-A escola ajuda ao esclarecer sobre a variação.(subst.)
11-Quem , afinal, está por dentro da matéria?(verbo)
12-A língua portuguesa brilhava em sua riqueza cultural.(verbo)
13-É preciso observar para poder entender.(preposição)
14-É preciso compreender para aceitar falares assim.(advérbio)
15- Não entenderia a história por causa da variação?(verbo)
16-Agora posso ser falante completamente seguro.(advérbio)
17-Finalmente é preciso aprender a respeitar.(advérbio)
18-Os estudos gramaticais também são importantes.(artigo)
19-Falantes não respeitam outros jeitos de expressar.(pron. Indefinido)
20-O senhor compreendeu a variação oral e escrita?(pron. de tratamento – abrev.)
21-Meu entendimento se abria para novo horizonte.(verbo)
22-Minha Língua Portuguesa sorriu de contentamento.(verbo)
23-Entender a variedade linguística me deixa feliz.(adjetivo)
24-Saber que existe variação de lugar é coisa maravilhosa.(adjetivo)
25-Minha cultura linguística enriquece o Brasil.(pron. possessivo)
26-O homem branco do passado só conhecia o Português de Portugal.(adj.)
27-Estudamos sobre a variação, mas entendemos tudo sobre ela?(conjunção)
28-Sei bastante da minha língua materna.(preposição)
29-O mineiro fala diferente do nordestino , pois mora longe dele.(advérbio)
30-É uma época de adaptar minha língua à melhor ocasião.(artigo)
31-A linguagem é algo que vem de você.(preposição)
32-Nós precisamos observar os detalhes para interpretar melhor.(pron.pessoal)
33-Contava a história numa gíria difícil.(adjetivo)
34-O português é como uma árvore: repleto de ramificações.(substantivo)


A cruzadinha foi reproduzida em estêncil.







2 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, meu amor! Ficou muito interessante! Adorei os temas abordados.

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  2. Olá, Flávia!
    Parabéns pela iniciativa do blog. Adorei a ideia.
    Fico feliz pelo trabalho e pelos frutos que vocês e os alunos de Lagoa Dourada vão colher com esta formação do Gestar.
    Sucesso!
    Grande abraço!
    Profa. Andreia Garcia

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